tag:blogger.com,1999:blog-70904210577221514192024-03-14T00:27:47.997-07:00Enquanto Somos JovensAna Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.comBlogger25125tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-10231091271670603172023-07-13T09:22:00.005-07:002023-07-20T15:55:48.844-07:00Aprendendo a Envelhecer<p style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicjspwQIKkXNNlZ9Cd3KSe8N9NW2QuavCMhctWTmKh9qcoM5-fKS4IvHP17d5Fn5Ql559B0scvX4CHIRU2d9kPiuetfiyJ_7stWwHt_m3YanOOuA27WndQmzeGGUhhFC8xXZXty403pczFvG_3Zwyz4tP_ruKZ3gvFYNPPhWfmuO4t_fI45uS7yrej3ZbK/s1200/adaline2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1200" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicjspwQIKkXNNlZ9Cd3KSe8N9NW2QuavCMhctWTmKh9qcoM5-fKS4IvHP17d5Fn5Ql559B0scvX4CHIRU2d9kPiuetfiyJ_7stWwHt_m3YanOOuA27WndQmzeGGUhhFC8xXZXty403pczFvG_3Zwyz4tP_ruKZ3gvFYNPPhWfmuO4t_fI45uS7yrej3ZbK/w294-h294/adaline2.png" width="294" /></a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>A arte pode nos ajudar a refletir
sobre a história, sobre a política, sobre a sociedade e sobre a vida. Dentre
dezenas de filmes que assisti no último ano, um em especial me chamou a
atenção. O nome no Brasil é “A Incrível História de Adeline” e conta sobre a
vida de uma mulher belíssima que, após um acidente inusitado, recebe uma descarga
elétrica no corpo e por isso sobrevive. Contudo, a descarga elétrica (que é
explicada com mais detalhes no filme) não só salva a vida de Adeline, como dá a
ela a dádiva que quase toda mulher gostaria de receber: a de não envelhecer
nunca. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No mundo de hoje, principalmente no
Ocidente, vemos acontecer uma corrida contra o tempo, onde homens e mulheres
tentam amenizar a ação dos anos em seus corpos, submetendo-se até mesmo a
procedimentos extremamente invasivos e dolorosos. Dados da <span style="background: white; color: #656565;"> </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://isaps.org/" target="_blank"><strong><span style="background: white; border: 1pt none windowtext; color: black; mso-border-alt: none windowtext 0in; mso-color-alt: windowtext; padding: 0in; text-decoration: none; text-underline: none;">International
Society of Aesthetic Plastic Surgery</span></strong></a></i></b> mostram que,
no ano de 2013, cerca de 23 milhões de cirurgias plásticas foram realizadas ao
redor do mundo. O Brasil aparece em segundo lugar no ranking dos países que
mais realizaram procedimentos cirúrgicos desse tipo. Esse dado mostra que não
são poucas as pessoas preocupadas com a estética e dispostas a gastar muito
dinheiro para se manterem jovens e bonitas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No caso de Adeline, o destino foi
generoso. Ela é uma moça deslumbrante, jovem, com curvas fabulosas e permanece
assim por décadas e décadas, sem que nenhuma ruga ou fio de cabelo branco
apareçam para macular sua perfeição. O mais interessante é que, embora conserve
a aparência de uma jovem, Adeline vai acumulando experiência e conhecimento, o
que me fez lembrar de uma frase que sempre ouço de amigos e familiares: “Queria
ter a cabeça que tenho hoje, mas com minha aparência de quando era jovem”. É
exatamente isso que acontece com Adeline, ela vive mais de 100 anos, mantendo a
aparência jovem. A maioria das mulheres que eu conheço queria estar na pele de
Adeline (confesso que eu também). <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas Adeline não encara sua dádiva
com alegria. A começar porque todas as pessoas que ela ama morrem, enquanto ela
continua forte e saudável. Tudo que ela tem afeição vai se perdendo e mudando
com o tempo. Ela começa a ser perseguida, pois sua condição levanta curiosidade
e espanto. Por isso, ela precisa se mudar a cada década. Muda de casa, de nome,
de identidade, refaz a vida do zero, sem se apegar a mais ninguém, sem ser
íntima de ninguém. Afinal, quem acreditaria nela? Além do mais, ela não quer
amar mais ninguém para no fim ter de ver a pessoa amada partir.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Como ela vai namorar alguém se a pessoa vai
envelhecer e ela não?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Adeline se torna uma pessoa
solitária. Até que ela conhece um homem e se apaixona. Nesse momento, se vê obrigada
a escolher entre fugir e manter-se segura, ou entregar-se àquela paixão e
correr todos os riscos que isso implicará. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Sem contar todos os detalhes do
filme para não estragar a graça para quem ainda não assistiu, há uma cena no
final, onde Adeline se prepara para ir a uma festa e, de repente, diante do
espelho, ela vê seu primeiro fio de cabelo branco. Aquilo é motivo de alegria e
ela abre um largo sorriso. Puxa vida, acho que o dia em que eu encontrar um fio
de cabelo branco em mim ficarei muito chateada. Mas Adeline não fica triste,
aquilo era tudo o que ela queria. Ela queria envelhecer. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Esse
filme me lembrou uma frase que o avô de uma amiga me disse: “A velhice é um
privilégio”. Eu ainda não compreendi essa frase totalmente. Mas compreendo em
parte. Hoje é possível envelhecer com saúde, mantendo a beleza, fazendo
atividades físicas e se alimentando bem. Podemos chegar aos 50, 60, 70 e até 80
anos com disposição, lucidez, nos mantendo ativos, viajando, fazendo amizades,
curtindo a família, estudando, trabalhando. Claro, tudo depende do nosso estilo
de vida. A maneira como vivemos o agora influencia muito no nosso futuro.
Todavia, há algo mais importante no fato de envelhecermos. Com a velhice, nosso
corpo sofre o desgaste do tempo. Perdemos um pouco da beleza e da saúde. Por
outro lado, ganhamos em sabedoria, experiência e virtudes. Temos as lembranças,
as memórias, que foram se acumulando e fizeram de nós a pessoa que somos. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">Não
precisamos ter medo de envelhecer, pois a velhice é um privilégio. O contrário
do medo não é a coragem, como muitos pensam. O contrário do medo é o amor. “No
amor não há medo, antes o perfeito amor lança fora todo o medo” (I João 4:18). Por
isso, se aprendermos o que é o amor de verdade, não teremos medo do
desconhecido. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt;">A
reflexão que o filme deixou pra mim foi esta. Que a vida possa valer tanto a
pena que, quando nos tornarmos idosos, possamos olhar para trás com um sorriso
no rosto, felizes por tudo o que construímos, tudo o que amamos, por quem nos
tornamos. E, principalmente, que não tenhamos medo. Que aprendamos a envelhecer
e façamos do amor o nosso alvo. <span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Data de lançamento:</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/agenda/?week=2015-05-21"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-bidi-font-weight: bold; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">21 de
maio de 2015</span></a></span><b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(1h 53min)</span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Direção:</span></b><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-214159/" title="Lee Toland Krieger"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Lee Toland Krieger</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Elenco:</span></b><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-127028/"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Blake Lively</span></a></span><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-173983/"><span lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">Michiel Huisman</span></a></span><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-472/"><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Harrison Ford</span></a></span><span lang="EN-US" style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"> </span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/filme-227851/creditos/"><span lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">mais</span></a></span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Gêneros</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">: </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/todos-filmes/notas-espectadores/genero-13024/"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Romance</span></a></span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/todos-filmes/notas-espectadores/genero-13012/"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Fantasia</span></a></span><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">, </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/todos-filmes/notas-espectadores/genero-13008/"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">Drama</span></a></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nacionalidade</span></b><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">: </span><span style="color: black; mso-color-alt: windowtext;"><a href="http://www.adorocinema.com/filmes/todos-filmes/notas-espectadores/pais-5002/"><span style="color: black; font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-color-alt: windowtext; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR; text-decoration: none; text-underline: none;">EUA</span></a></span><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcjPG581yVMNdbXDfUpgtXxl2XOujOa_YkAoAg2dk5SelRrjHqbGhlcGhTKTLaJMAvdjoGOfOOXTaIaHSYx4GQGP1fwHVLuaYdKkFPjHYZi2rBcVDw3Cpupj0HduD9mLB2kPneSy16DR40_4svGRr3oDX6yYBX_ERlzHGD7z9qXoVKr-Y3LrPE670R-oO_/s1000/Adeline.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="681" height="296" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcjPG581yVMNdbXDfUpgtXxl2XOujOa_YkAoAg2dk5SelRrjHqbGhlcGhTKTLaJMAvdjoGOfOOXTaIaHSYx4GQGP1fwHVLuaYdKkFPjHYZi2rBcVDw3Cpupj0HduD9mLB2kPneSy16DR40_4svGRr3oDX6yYBX_ERlzHGD7z9qXoVKr-Y3LrPE670R-oO_/w202-h296/Adeline.jpg" width="202" /></a></div><br /></div><br /><p class="MsoNormal" style="background: white; line-height: normal; margin-bottom: 0in;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-24316772963735492682023-07-13T09:17:00.004-07:002023-07-20T15:56:38.232-07:00Tully e a maternidade<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSKY-ol8v3yda8hZSUHfBQOHjD63SCqElQdUbHeKhbX7SEMmK8oLFxuQzqwsvVcdN4seRJWyAaFGJyXI5HvYK01bLerON9qR6KHlxFzpfQbLZOrNKEZhT6pG0VxMtWjAVPAawKsoul5ZKBMmUSW6QNdgLKBgXaqsXg8Bgj-rc9KoKMonhWrnnQKUSQkwzP/s273/download%20(1).jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="273" data-original-width="184" height="321" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSKY-ol8v3yda8hZSUHfBQOHjD63SCqElQdUbHeKhbX7SEMmK8oLFxuQzqwsvVcdN4seRJWyAaFGJyXI5HvYK01bLerON9qR6KHlxFzpfQbLZOrNKEZhT6pG0VxMtWjAVPAawKsoul5ZKBMmUSW6QNdgLKBgXaqsXg8Bgj-rc9KoKMonhWrnnQKUSQkwzP/w217-h321/download%20(1).jpg" width="217" /></a></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No filme “Tully” vemos
mais uma vez a atriz Chalize Theron dar show de interpretação. É uma atriz
versátil e sempre atua muito bem. Neste drama, Theron vive Marlo, mulher
casada, mãe de três filhos, sendo um deles recém-nascido. Além disso, o filho
do meio apresenta um tipo de autismo, o que faz com que a escola que ele estuda
o convide a se retirar, já que ele precisa de atenção especial e o colégio não
está capacitado para trabalhar com crianças assim. Em uma das falas da
personagem, ficamos sabendo que ela trabalha fora, então deduzimos que ela está
de licença maternidade e por isso passa literalmente 24 horas por dia por conta
da casa e das crianças. O marido dela também trabalha fora, às vezes viajando,
e ajuda muito pouco nas tarefas domésticas e na criação dos filhos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">As críticas disseram que
este é um filme realista, focado não nas maravilhas da maternidade, mas na
parte difícil que é acordar de madrugada para amamentar, lidar com as
necessidades especiais dos filhos sem ter apoio de ninguém, ensinar o para
casa, limpar a casa, cozinhar, levar e buscar na escola, lidar com pirraças e
choros excessivos, nas mudanças que o corpo feminino sofre a cada gestação, e
no esgotamento físico e mental da mãe. Se analisarmos por esse ângulo, sim, é
um filme realista. Mas eu parei para pensar em todos os filmes sobre
maternidade que já assisti e não me lembrei de nenhum que floreasse a
realidade, que a maquiasse. Todos eles, de um jeito mais dramático ou cômico,
em minha humilde opinião, mostram um pouco da realidade de ser mãe. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O diferencial desse filme
talvez seja o estado de saúde de Marlo. Sua exaustão está escancarada na
expressão de seu rosto, em sua aparência desleixada, no tom de sua voz, nos
suspiros que parecem gritos abafados de socorro. Seu marido? Bem, ele não é um
péssimo homem. Tem um temperamento tranquilo, trabalha fora o dia todo para
sustentar a família, ajuda em algumas pequenas tarefas domésticas. Mas só. Ele
não parece esgotado, nem deprimido. Demonstra entusiasmo para progredir na
carreira, joga videogame quase todas as noites, chega em casa esperando por um
jantar gostoso e se decepciona quando vê uma pizza em cima da mesa. Seu papel
na família é coadjuvante. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quem consegue perceber
que Marlo precisa com urgência de ajuda é o irmão dela, que é rico e oferece
pagar uma babá noturna para ela. A princípio Marlo nega, pois acha um absurdo
terceirizar os cuidados com as crianças a uma desconhecida. Mas após uma crise
nervosa, a mãe decide ligar para a babá. O nome dela é Tully. É aí que o filme
começa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tully é uma jovem bonita,
curvilínea, inteligente, bilíngue, vivendo experiências amorosas inusitadas. Na
primeira noite, assume os cuidados do bebê e conquista a confiança de Marlo.
Ela diz o que talvez quase toda mãe gostaria de ouvir pelo menos uma vez na
vida: “Marlo, não estou aqui para cuidar só do seu bebê, estou aqui para cuidar
de você também”. E assim Marlo dorme bem à noite depois de muito tempo. Durante
a madrugada, Tully leva o bebê até o quarto para amamentar e depois se retira
com ele de novo para a mãe voltar a dormir. Daí para frente as duas se tornam
amigas, Tully ajuda em outras coisas mais com a casa e as crianças e até
incentiva Marlo a voltar a retomar a vida sexual com o marido. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O final é surpreendente.
Daqueles que você fica pensativo uma semana. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como qualquer cultura que
consumimos, é importante colocar nossos óculos da racionalidade para filtrar o
que é bom do que é ruim. É sempre válido conhecermos um pouco da biografia dos
autores da arte que vemos, sejam eles diretores, escritores, roteiristas,
pintores, etc. A biografia diz muito sobre a visão de mundo da pessoa e isso
está sempre impresso de maneira direta ou indireta nas obras dos artistas. A
roteirista desse filme é a mesma de “Juno”, outro filme sobre maternidade,
abordando o tema sob outro ângulo. Confesso que achei “Juno” um pouco frio e
materialista, embora tenha ganhado Oscar de melhor roteiro em 2008. Em “Tully” isso
também aparece, só que em menor grau. O que falta mesmo nos dois filmes é
aquilo que é mais importante em nossa vida: o amor. As poucas vezes que o amor
aparece em “Tully”, são as cenas mais bonitas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Assim como algumas mães
podem se identificar com Marlo, outras podem ter vivido experiências
completamente diferentes. De todo modo, é um filme do qual podemos retirar
muitas lições. As mulheres se dedicam tanto a cuidar da família e muitas vezes deixam
de cuidar de si mesmas. Isso afeta não só a aparência, que convenhamos, com um
bebê recém-nascido, é o de menos, mas principalmente a saúde física e mental. A
depressão, seja ela pós-parto ou qualquer outro tipo, é algo sério e não deve
ser ignorado ou subestimado. Algumas mães se sentem culpadas o tempo todo,
sempre achando que estão cometendo erros ou não fazendo o melhor que podem. Eu
poderia destacar aqui muitos pontos de reflexão a partir do filme. Contudo, o
que mais me chamou a atenção, é que o filme não é só sobre maternidade. É sobre
paternidade também. Com a chegada da babá, as coisas ficaram bem mais fáceis na
rotina de Marlo e ela deixou de se sentir tão sobrecarregada. Infelizmente, nem
todo mundo tem condições financeiras para contratar uma babá. E mais
infelizmente ainda, por incontáveis motivos, nem toda criança tem um pai. Mas
se há uma realidade que o filme mostra é que nós não somos nenhuma Mulher
Maravilha. No filme há um diálogo marcante: A jovem Tully afirma que <em><span style="border: 1pt none windowtext; mso-border-alt: none windowtext 0in; padding: 0in;">“as garotas se curam”</span></em> e a madura Marlo refuta<em><span style="border: 1pt none windowtext; mso-border-alt: none windowtext 0in; padding: 0in;"> “não. Se você olhar de perto, estamos cobertas de corretivo”.
</span></em><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-style: normal; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0in; padding: 0in;"><o:p></o:p></span></em></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><em><span style="border: 1pt none windowtext; font-size: 12pt; font-style: normal; line-height: 115%; mso-bidi-font-style: italic; mso-border-alt: none windowtext 0in; padding: 0in;">Devemos aprender a
reconhecer nossos limites e a não ter vergonha de admitir que precisamos de
ajuda. P</span></em><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">or mais que a sociedade imponha às mães que elas
precisam dar conta de tudo, mesmo com jornadas duplas ou triplas de trabalho, é
necessário delegar aos pais algumas responsabilidades. Quando duas pessoas
dividem o trabalho, o fardo fica menos pesado. Dois são mais fortes que um. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A todas as mamães que
leem esse texto, parabéns pela sua força. Nunca se esqueçam que o amor pelos
seus filhos envolve também amar a si mesmas, cuidar de si mesmas, ter um
tempinho só para você. Os filhos crescem, seguem a vida e você precisa estar
inteira para continuar se gostando quando não precisar mais dedicar-se 24 horas
à maternidade. <i><span style="border: 1pt none windowtext; mso-border-alt: none windowtext 0in; padding: 0in;"><o:p></o:p></span></i></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman",serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif; font-size: 12pt;"> </span> </p>Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-26665724265705935602023-07-13T09:15:00.002-07:002023-07-20T15:57:18.110-07:00Que filhos deixaremos para o mundo?<p style="text-align: left;"> <span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5aSIbzRUHxLUxNayuWF8sSIuoq9e7HW7y1PBqJ-6DneAhIWppDtB-dS23nbXuBsG_rdSnq0inE50qkmQPG1qeRXTSPaJBlw81bbh5HnyO1c2wn-ibnkcetyIBGW_19BU_I0t-pJI1OoEYUsdX9mFP_C8_n_8MmSjlr21ZoTAg507YkGrz-7HrBwLI9JR0/s679/carater.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="679" data-original-width="672" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5aSIbzRUHxLUxNayuWF8sSIuoq9e7HW7y1PBqJ-6DneAhIWppDtB-dS23nbXuBsG_rdSnq0inE50qkmQPG1qeRXTSPaJBlw81bbh5HnyO1c2wn-ibnkcetyIBGW_19BU_I0t-pJI1OoEYUsdX9mFP_C8_n_8MmSjlr21ZoTAg507YkGrz-7HrBwLI9JR0/s320/carater.jpg" width="317" /></a></p><div class="WordSection1">
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Sou uma eterna
estudante de Filosofia, Teologia e História. Amo aprender sobre essas ciências
e a elas dedico boa parte das minhas leituras. Dentre tantas investigações
sobre as quais tenho me debruçado, um tema específico me chama a atenção e
quero compartilhar neste texto. A maioria de vocês já deve ter lido a frase:
“Antes de se preocupar com que mundo deixará para seus filhos, pergunte-se que
tipo de filhos deixará para o mundo”. Não faço ideia de onde originou essa
afirmação, mas ela é bem pertinente. Ainda mais nos dias de hoje. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Acredito que
toda mãe e pai passam por inúmeras dificuldades e dúvidas no que diz respeito à
criação dos filhos. Quando dizer sim ou não? Qual a idade correta para
matricular meu filho na escola? Em qual colégio? Como corrigi-lo? Devo dar
palmadas? Devo colocar de castigo? Como administrar a mesada? Estou trabalhando
muito e dedicando pouco tempo à família? Devo colocar numa escolinha ou
contratar uma babá? Por que ele chora tanto? Como lidar com a pirraça? Fui
enérgico demais? Estou sendo negligente? Até que ponto devo acreditar em tudo o
que meu filho me diz? Enfim... Essas e muitas outras perguntas provavelmente
passam na cabeça dos pais. Entre erros e acertos criamos nossos filhos da
melhor maneira que conseguimos. Somos capazes de dar a nossa vida por eles. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Mesmo assim,
muitas vezes a culpa sobrecarrega nossos ombros. Algumas linhas da Psicologia atribuem
à mãe a origem de muitos traumas de seus filhos (triste realidade!). <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">A música do Pink Floy, “Mother”,
retrata bem isso: <o:p></o:p></span></p>
</div>
<span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="break-before: auto; mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<div class="WordSection2">
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">“Hush now baby, baby, don't you cry</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">Mama's gonna make all of your nightmares come true</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">Mama's gonna put all of her fears into you</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">Mama's gonna keep you right here under her wing</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">She wont let you fly, but she might let you sing</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">Mama's gonna keep baby cozy and warm</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p> </o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">OOh baby ooh baby ooh baby</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="color: black; mso-ansi-language: EN-US; mso-color-alt: windowtext;">Of course mama's gonna help to build the wall”.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">“Acalme-se agora,
filhinho, não chore</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">Mamãe vai transformar
todos seus pesadelos em realidade</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">Mamãe vai passar todos
os seus medos para você</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">Mamãe vai manter você
bem aqui, sob sua asa</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">Ela não vai deixar
você voar, mas poderá deixá-lo canta</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">Mamãe vai manter o
filhinho quentinho e confortável</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">Ooh filhinho ooh
filhinho ooh filhinho</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
<p align="center" class="row" style="background: white; line-height: 17.4pt; margin: 0in; text-align: center;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif" style="color: black; mso-color-alt: windowtext;">É claro que a mamãe
vai ajudá-lo a construir o muro”.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""Arial",sans-serif"><o:p></o:p></span></i></p>
</div>
<span face=""Arial",sans-serif" style="color: #333333; font-size: 10.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br clear="all" style="break-before: auto; mso-break-type: section-break; page-break-before: auto;" />
</span>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Erramos
tentando acertar. Quiséramos nós ter a receita desse bolo!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Os pais,
professores e a sociedade em geral muitas vezes estão preocupados com a longa
lista do pode/não pode, direitos e deveres, certo e errado. Claro que isso é
importante, pois uma criação saudável de filhos implica estabelecer limites,
disciplina e normas. O problema é que as regras sempre parecem ser restritivas.
Elas são importantes, mas não são o centro. Se o foco estiver no que é ou não
permitido, corremos o grande risco de nossos filhos se rebelarem em algum
momento e começarem a questionar: não pode por quê? É certo ou errado sob qual
ponto de vista? Por que sou obrigado a fazer isso? Devo obedecer às regras
impostas sem questionar? Além disso, é comum que as pessoas sigam as regras em
público, mas em oculto burlem muitas delas. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Mais do que um
filho obediente, o nosso foco precisa estar no caráter. Que tipo de caráter?
Ah! Esta sim é a pergunta chave. Quais são os princípios e valores da nossa
família que queremos ensinar aos nossos filhos? Por que esses princípios e
valores são importantes para nós? De que forma podemos enquanto família ajudarmos
uns aos outros a seguir estes princípios e valores em meio a um mundo sem ética
e com a moral totalmente distorcida? Como as influências externas (amizades,
ensino nas escolas, mídia, livros, filmes, músicas, etc.) contribuem para a
formação do caráter de nossos filhos? Se não posso protegê-lo das influências
ruins, como posso ensinar o meu filho a fazer as escolhas certas em meio aos
caos instalado na sociedade?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Eu tenho a
resposta. Mas a resposta que eu tenho tem a ver com o meu caráter e ao caráter
que eu quero ensinar à minha família. Tem a ver com as virtudes, princípios e
valores que eu prezo. Pode bem ser que não seja bem este tipo de caráter,
virtudes, princípios e valores que você considere corretos. Cabe à família ir
em busca desta resposta e, quando encontrá-la, dedicar-se ao máximo para viver
de acordo com ela. Sim, viver. Por que não adianta nada você dizer ao seu filho
o que ele deve ou não fazer se você também não faz. O ensino mais eficaz é o
exemplo. Em Provérbios 22:6 diz assim: “Instrui a criança no caminho certo, e
até quando for velha não se desviará dele”. Instruir não apenas com palavras,
mas com atitudes, com exemplos. E quando você errar? Será sempre uma ótima
oportunidade para ensinar sobre a humildade de reconhecer os erros, pedir
perdão e mudar de atitude. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Não há receita
de bolo para criar filhos. Mas há pistas por todos os lados. O que devemos
fazer? E, o mais importante, como? Para mim, Jesus é o modelo perfeito de ser
humano. Se olharmos para Ele, veremos que Ele não só ensinou <i style="mso-bidi-font-style: normal;">o que fazer</i>, mas também <i style="mso-bidi-font-style: normal;">como</i>. Como eu disse, essa é a resposta
que eu encontrei. Cabe a você, mãe e pai, encontrar a sua resposta. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-30392451977969370522023-07-13T09:13:00.002-07:002023-07-13T09:13:19.823-07:00<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b>Mamãe<o:p></o:p></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i> Ana
Faria<o:p></o:p></i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><i> </i></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu posso sair?<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, vai fazer frio?<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu quero fugir<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu não tenho amigos.<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, ele me ama?<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, você não me entende!<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu quero ser livre<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, não me deixe de castigo para sempre.<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, me ensine a voar<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, me faz um carinho<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, tá doendo<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, me da um colinho.<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, vem me defender<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, não chora<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu amo você<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu vou sentir saudades se você for embora.<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, fica aqui comigo<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, me conta uma história<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, guarda o meu segredo<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu estou com medo.<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;"><o:p> </o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, eu não sei o que fazer<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, não briga comigo<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe, por favor me desculpe<o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Mamãe... Ah, mamãe! <o:p></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0in; text-align: center;">Ninguém pode substituir você.<o:p></o:p></p>
<p style="text-align: center;"> </p>Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-17347746677704158692023-07-11T13:23:00.006-07:002023-07-11T13:24:48.526-07:00<h4 style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">O repouso da inteligência é a fé</b></h4><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguHgm7sbMe0DGUccK7hNYe_lC3YdvR05PBlab-kcfCAgTJAmvEhObep8kRBngMB0F8hLJKyFA89ol5eGqwsgyBX4thUznXT-dsX-PNhlU4qkw4sSbFTKOFi0unsggn_If9Qzbgwpf_WRL0w_6uKM1p8kV3FDHrsZAFfvQTQ1Mv3VCkIyRzGXhvOZp-Q_bm/s265/download.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="190" data-original-width="265" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguHgm7sbMe0DGUccK7hNYe_lC3YdvR05PBlab-kcfCAgTJAmvEhObep8kRBngMB0F8hLJKyFA89ol5eGqwsgyBX4thUznXT-dsX-PNhlU4qkw4sSbFTKOFi0unsggn_If9Qzbgwpf_WRL0w_6uKM1p8kV3FDHrsZAFfvQTQ1Mv3VCkIyRzGXhvOZp-Q_bm/w350-h251/download.jpg" width="350" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: small;">Parte da tela de Rafael: A escola de Atenas</span></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /></b><p></p>
<p align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Há beleza e esperança ao ver um
bebê dormindo sereno no colo da mãe. Há também preocupação. Tão pequeno, tão
indefeso, padecendo de cólicas, vacinas dolorosas, sendo bombardeado o tempo
todo com a realidade antes ignorada quando estava na barriga da mãe. Os pais
regozijam ao trazer uma criança à luz e passam o resto da vida tentando
protegê-la das trevas.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma criança saudável é ávida por
conhecer. Desmonta e monta brinquedos, entra dentro dos armários e tira tudo de
dentro das gavetas, orgulha-se quando aprende o alfabeto, quer mostrar para
todo mundo suas obras de arte, inclusive as que rabiscou na parede da sala. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para um ponto de partida, onde a
pessoa não sabe nada e quer saber alguma coisa, a avidez é combustível para a
inteligência.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>No entanto, ela precisa
ser domada. À medida que o ser humano cresce e amadurece, deve ajustar o senso
de proporções, amar cada coisa do jeito certo e se conformar com o fato de que
a onisciência é um atributo divino. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Se por um lado o amor ao
conhecimento é uma virtude rara no Brasil, por outro, há uma voracidade das
pessoas em ir à público expor suas opiniões, seja nas redes sociais ou na
televisão. A certeza de que o que pensam é a verdade, de que representam o bem
supremo e de que têm as soluções para exterminar o mal no mundo, acorrenta-os à
Matrix revolucionária e cega-os para a experiência da vida real. Falta-lhes
humildade. Preocupam-se em mudar a história e se esquecem de mudar a si mesmos.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Para o bebê no colo da mãe, pouco
importa não saber andar, qual o formato do planeta ou qual presidente vai
ganhar a eleição. A confiança faz com que repouse tranquilo enquanto guerras
são travadas lá fora. Ele tem sede de saber, mas onde sua inteligência não
alcança, a fé no amor materno o consola.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A Bíblia diz que devemos ter fé
como os pequeninos. Crer antes de entender. É o que as crianças fazem. Já a
escola nos ensina que só o que é passível de testes e pode ser explicado deve
ser considerado ciência, ou seja, verdade comprovada. Os bebês vão crescendo, a
humanidade vai caminhando para sua prometida evolução, o mundo vai se
desencantando, as dimensões da realidade vão se tornando opacas, a esperança se
terrestrializa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">C. S. Lewis alerta em “A abolição
do homem”, que não se pode ficar o tempo todo tentando ver o que está por trás
ou dentro das coisas a fim de encontrar o objeto real. Se o tempo todo se
buscar enxergar através de tudo, o mundo se torna transparente, invisível. Ver
o que está por trás de tudo é o mesmo que não ver nada. Há dimensões da vida
que a ciência não sabe explicar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma cosmovisão moldada pela mídia
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">mainstream</i>, onde a mentalidade
pós-moderna é disseminada a torto e a direito, produz uma nação passiva,
ignorante e depravada. Não é por acaso que o Brasil tem terríveis índices de
corrupção, assassinatos e baixíssimos resultados no âmbito escolar. Quem não
compreende a importância do que é sagrado e eterno, tende a querer resolver
tudo na força do próprio braço (ou na força do Partido). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A avidez da criança em ver o que
tem dentro do brinquedo a faz quebrá-lo. A avidez do homem em dar soluções
universais e definitivas para a igualdade, liberdade e fraternidade, destrói
sociedades inteiras. A inteligência do bebê repousa na fé, ali acalentado no
colo materno. A inteligência do homem pós-moderno não tem onde repousar, porque
Deus para ele está morto. Talvez, quando a morte bater à porta, ele se lembre
de clamar Abba (Pai). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a name="_heading=h.gjdgxs"></a><o:p> </o:p></p>Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-76024388123460454352023-07-11T13:12:00.004-07:002023-07-11T13:12:47.853-07:00<h4 style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: inherit;">Religião e cultura, irmãs siamesas</span></b></h4>
<p align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p> </o:p></b></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Religião e cultura são irmãs
siamesas. Compartilham o mesmo coração. E são elas que suprem aquilo que o ser
humano chama de alma. O alimento sólido é a alta cultura e, por exigir uma
digestão complexa, é compreensível que crianças e jovens tenham dificuldade em
ler Shakespeare, contemplar Rembrandt e ouvir Bach. Para apreciar esse tipo de
arte é preciso refinar o paladar. Refinar no sentido de se tornar superior. Não
para a prepotência, nem para inflar egos, e sim para conhecer a realidade,
desiludir-se das utopias e saber de uma vez por todas que o bem da humanidade,
de uma sociedade, de uma família só pode ser conquistado pela ação de
indivíduos. É o amor ao próximo o único meio para alcançar a tão sonhada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“justiça social”. E começa em casa. Primeiro
pago minhas contas e limpo o que sujo. Depois me debruço sobre política
pública.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É muito bom quando a juventude
tem sede de saber. Pena mesmo é quando adultos, com toda a faculdade
intelectual possível, não conseguem reconhecer a realidade, nem valorizar e se
esforçar para ouvirem as vozes de nossos antepassados. Vozes essas que falam
através dos livros, das músicas, da poesia. Que continuam ecoando, mesmo quando
seus autores já morreram. O adulto que despreza o conhecimento vive na Matrix,
buscando a felicidade como um cachorro corre atrás do rabo. Iludido e
entorpecido, uma caricatura de homem. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Uma cultura rasteira e mesquinha
não pode produzir outra coisa a não ser políticos canalhas, jornalistas
péssimos, médicos charlatães e toda a sorte de profissionais de meia-tigela. O
povo vai se esquecendo de buscar as virtudes, vai se rendendo aos vícios. Com a
decadência da cultura pop, começa-se a exaltar o que era desprezado. Os heróis
de hoje retratados pela grande mídia matam civis e falam a <i style="mso-bidi-font-style: normal;">novilíngua</i>. Nem os vilões escapam da Polícia do Pensamento. Que o
diga nosso pobre <span style="background: white; mso-highlight: white;">Andrés de
Fonollosa, vulgo Berlim.</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Mentes deformadas por propagandas
travestidas em arte e crime organizado camuflado de congregação religiosa,
tendem a terrestrializar a redenção do espírito. Revoluções querem destruir até
as bases, para edificar algo novo. Reformas almejam manter o que é bom, renovar
o que não funciona mais. Revolucionários tendem a se achar os portadores do bem
e apontar o inimigo como o mal. Reformistas deveriam reconhecer, com base no
Cristianismo, que o bem existe em si e que o mal é a negação do bem, assim como
o escuro é a ausência de luz. Portanto, todo ser humano tem potencial para ser
bom como um anjo ou vil como um demônio.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqXbNFEV3ZA7agOMnG_RAmRScD3EgwDK8-toh1N3Pt38guG1BGqWVrXJ2YERT192cmmfFQZZbbJ3Q9iWseqcGAx2yEIA4h6KkodU422cKtp8rzI7UcJrADjmwMERTV88aWbEdtLT1U7qpMO9GkzGObU76TrNMOiHq_ST1JE1mQ-6LAzUiRFYxW398zFOE_/s800/sao%20paulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqXbNFEV3ZA7agOMnG_RAmRScD3EgwDK8-toh1N3Pt38guG1BGqWVrXJ2YERT192cmmfFQZZbbJ3Q9iWseqcGAx2yEIA4h6KkodU422cKtp8rzI7UcJrADjmwMERTV88aWbEdtLT1U7qpMO9GkzGObU76TrNMOiHq_ST1JE1mQ-6LAzUiRFYxW398zFOE_/w410-h231/sao%20paulo.jpg" width="410" /></a></div><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span><span style="background-color: #fdfdfd; color: #545658; font-family: ReithSans, Helvetica, Arial, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">São Paulo, de autoria de Valentin de Boulogne</span></span><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Acreditar que a religião é o ópio
do povo e que a cultura que interessa é apenas a que agrada ao <i style="mso-bidi-font-style: normal;">self</i> ou ao grupo a que se quer pertencer
é uma cosmovisão muito rasa e embaçada. Uma maneira medíocre de viver. O
cidadão que pensa assim, fecha-se para todo debate. Nesse caso, deveria, ao
menos, abster-se de emitir opiniões. Uma opinião não importa ao menos que venha
preenchida de experiência, leitura e pesquisa. Fundamentada na verdade, na
sinceridade e no que se aprende não apenas com a cultura de agora, mas também
com o que foi herdado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">É engano acreditar que a economia
e a disputa de classes são a explicação última para o sofrimento. O ser humano
é um animal demasiadamente complexo para ser estudado só por esse ângulo.
Nenhuma ciência, nem mesmo a economia, conseguiu responder de onde veio o
homem, o que ele veio fazer aqui e para onde vai depois da morte. Essa resposta
compõe o que heróis na fé declaram, que não somos avestruz para viver apenas do
imanente. O pensamento humano é atraído pelo infinito. Pelo que é eterno. Santo
Agostinho declara em suas confissões: “… porque nos fizeste para ti, e o nosso
coração está inquieto enquanto não encontrar em ti descanso”. C. S. Lewis fala
o mesmo em linguagem narniana: “Se eu encontrar em mim mesmo um desejo que nada
nesse mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui feito para
outro mundo”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">A religião e a cultura têm o
mesmo coração, que é o próprio Deus, porque o homem não é um sistema fechado. O
salto no escuro ao qual se refere o professor Guilherme de Carvalho é essa
busca pela identidade e autenticidade em si próprio. Ninguém pensa com a
própria cabeça. Se as referências e os valores não vem da alta cultura e do
cristianismo, vão vir de outros lugares. Sociedade laica é mais uma utopia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-25208859426030764992017-08-20T11:58:00.000-07:002017-08-20T11:59:31.614-07:00Se você quer um mundo melhor, comece pela sua casa!Há cerca de três anos, com o início da Operação Lava Jato, vozes antes inaudíveis no país começaram a ecoar em todos os meios de comunicação. A população brasileira (a massa) passou a se inteirar melhor sobre assuntos que até então nos causavam ânsia de vômito e muita preguiça. Eu quase nunca ouvia alguém falar sobre economia e política e, de repente, este passou a ser tema de conversas nos pontos de ônibus, nas festas de aniversário, durante um passeio ao parque e, até mesmo, nas baladas de sexta-feira. Era como se uma escultura muito antiga começasse a descascar revelando sua verdadeira aparência.<br />
<br />
<div>
Eu, que passei a adolescência ao modo maluco beleza de ser, era a legítima cidadã alienada. Meu caminho até os 28 anos foi cheio de utopias e ideias mirabolantes acerca da fé, da paz e da injustiça no mundo. Sempre gostei de estudar Ciências Humanas e, inclusive, me graduei em Geografia. Mas depois de 12 anos na escola e mais 4 na faculdade, continuei com conceitos completamente distorcidos sobre quase tudo.<br />
<br /></div>
<div>
Eu cultivava uma visão romântica acerca das mazelas da humanidade e acreditava que poderiam existir indivíduos capazes de mudar o rumo da história. Foi justamente por isso que escolhi ser professora: eu achava que poderia mudar o mundo.<br />
<br /></div>
<div>
Quando comecei a sair do universo da fantasia e caí de paraquedas na realidade nua e crua, minhas utopias começaram a ruir. Uma sala de aula não é algo nada romântico. E a vida não é um palco onde podemos subir para dar o nosso show. A não ser que seja um show de horrores.<br />
<br /></div>
<div>
Quando eu passei a ser autodidata é que finalmente comecei a entender algumas coisas. E esse "bum" que aconteceu na política brasileira, explodindo o esconderijo dos ratos e obrigando-os a sair da toca, foi essencial para o meu amadurecimento intelectual. Comecei a ler mais, textos de autores diferentes, de fontes distintas, com influências político-filosóficas antagônicas. Comecei a assistir aulas na internet, frequentei um curso sensacional de teologia, mergulhei de cabeça nas estantes de livros de filosofia, teologia e romances clássicos.<br />
<br /></div>
<div>
Meio que desalienei, pelo menos uns 60%. Isso a meu ver já é bom. Na verdade é muito bom. Quando desembaçamos o para-brisas fica mais fácil enxergar a estrada e conduzir o veículo em direção ao destino que escolhemos como alvo.<br />
<br /></div>
<div>
Meu repertório aumentou absurdamente e parei de acreditar em um monte de bobagens que eu acreditava piamente serem verdade. Pelo menos agora será mais difícil de eu ser usada como marionete para alguma causa escusa.<br />
<br /></div>
<div>
Mas, porém, entretanto, todavia, contudo, descobri algo terrível: eu não posso mudar o mundo. Nem eu, nem ser humano nenhum. Para mudar o mundo, o poder teria de se concentrar em minhas mãos. Para o poder se concentrar em minhas mãos, precisaria ser uma ditadora, e para ser ditadora precisaria usar a violência. Quando usamos a violência, o mundo se torna pior. E isso resume a ópera da utopia de sociedade justa.<br />
<br /></div>
<div>
Quem é "a sociedade"? Falamos "sociedade" como se fosse algum ser com vida própria. Como se "a sociedade" fosse algo externo a nós. Está ali, olha lá a "sociedade", apontamos com o dedo. TUDO BOBAGEM!<br />
<br /></div>
<div>
A sociedade somos nós. Eu e você que me lê. É fácil desejar uma "sociedade justa" enquanto eu ignoro o mendigo passando fome na esquina da minha casa. É fácil ansiar por um "mundo melhor", enquanto dentro do meu lar trato mal a minha mãe, sou agressiva com meus irmãos, sou desaforada com o meu pai, sou egoísta com meu marido, oprimo os meus filhos. Participo de uma passeata contra a corrupção, mas dou o cano a torto e a direito, preocupando-me em me dar bem a qualquer custo. Encho a boca para falar mal do imperialismo estadounidense, mas quando vou à padaria na rua de cima, olho com desdém para meus vizinhos e finjo que não os vi, só para não ter de cumprimentar. Coloco textos gigantescos no Facebook expressando minha indignação, ansiando por curtidas e compartilhamentos, mas ao primeiro colega que comenta algo que não concordo, me torno hostil e o rotulo de todos os adjetivos toscos que vierem na cabeça. A liberdade de expressão só vale quando todo mundo concorda comigo?<br />
<br /></div>
<div>
Me expliquem que ideia de sociedade justa e mundo melhor é essa que faz com que nos importemos com os que estão longe e esqueçamos dos que estão perto?<br />
<br /></div>
<div>
C. S. Lewis fala sobre isso ao dar o exemplo da guerra. Durante o conflito, os exércitos ingleses e alemães se odiavam e se digladiavam. No entanto, esse era um ódio mítico. Quando se está em uma guerra, se odeia um inimigo imaginário. Na verdade, os soldados rivais nunca se encontraram face a face para dizer que se odiavam de uma maneira pessoal. Lewis diz que "os ingleses declaravam em alto e bom som que a tortura seria pouco para seus inimigos, mas logo ofereciam chá e cigarros ao primeiro piloto alemão ferido que porventura batesse à porta dos fundos".<br />
</div>
<div>
Eu me identifiquei nesse trecho. Quantas vezes odiei as pessoas que militam por causas que eu abomino? Quantas vezes desejei que essas pessoas fossem desmascaradas e presas? Contudo, se qualquer uma delas bater em minha porta pedindo um copo de água fria, certamente eu jamais negaria. Odiar é ruim? É evidente que sim. Mas esse é um ódio mítico. Assim como desejar um mundo mais justo e pacífico é uma benevolência mítica. Enquanto amo e tenho compaixão pelas pessoas de um círculo mais distante, esqueço os da minha própria casa.<br />
<br /></div>
<div>
Em "Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz", um demônio mestre ensina a seguinte estratégia ao demônio aprendiz: "O que quer que você faça, sempre haverá alguma benevolência, assim como alguma raiva, na alma humana. O melhor a fazer é voltar a raiva da pessoa para os semelhantes mais próximos, aqueles que ela encontra todos os dias, e voltar a benevolência para um círculo mais distante, para as pessoas que ela não conhece. Desse modo, o ódio torna-se completamente real e a benevolência, em grande medida, imaginária". No final ele conclui: "Nem mesmo todas as virtudes pintadas pela fantasia ou aprovadas pelo intelecto, ou até, em alguma medida, adoradas e admiradas, serão suficientes para afastar um homem do inferno".<br />
<br /></div>
<div>
Forte isso? É para ser mesmo. Para deixar esse gosto amargo que você está sentindo na boca . Se você quer um mundo melhor, comece pela sua casa!<br />
<br /></div>
<div>
Para que as virtudes ajudem a nos tornarmos seres humanos melhores, mais justos, honestos, benevolentes, e, consequentemente, produzam uma sociedade mais justa e um mundo melhor, elas precisam parar de ocupar apenas o campo da imaginação e do intelecto. Precisam ocupar o campo da vontade, o verdadeiro centro de nosso ser que é o coração. Precisam ser praticadas com as pessoas que nos cercam e se materializarem como hábitos.<br />
<br /></div>
<div>
Talvez aqui seja bom relembrar um mandamento que todo mundo sabe de cor, mas que quase ninguém sabe como colocar em prática: "ame o teu próximo como a ti mesmo". </div>
<div>
Nesse caso, não é o amor afetuoso e apaixonado. É um amor bem maior. Deixarei você pensar sobre isso. Talvez eu fale sobre esse amor em outro post. Mas acho que você deve desconfiar sobre que tipo de amor estou me referindo.</div>
<div>
<br /></div>
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<b>Referências:</b></div>
<div>
C. S. Lewis. Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz. São Paulo: Martins Fontes, 2014.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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<br /></div>
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Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-35317653829100847572017-08-17T17:22:00.001-07:002017-08-17T17:25:32.435-07:00A Decepção é uma Coisa Boa<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
C. S. Lewis é o meu escritor favorito <em style="box-sizing: inherit;">ever</em> e o livro dele “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz” é meu livro favorito no mundo. Eu sei, o título é cabuloso. E acreditem, o livro é mais cabuloso ainda. Esse é um daqueles livros que a cada parágrafo sentimos como que um tapa na cara e um soco no estômago. É um livro para se ter na cabeceira e ler e reler dezenas de vezes, talvez centenas. Se eu fosse fazer um resumo das frases que mais me impactaram, praticamente transcreveria o livro para este post. É o tipo de livro para se ler com o Twitter aberto.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-xz0ExHXnKEg/WZYzSZlwCcI/AAAAAAAAAh8/4Wxv_A0V8BcAQEsf7N8atgmof8Q5ZTTgwCLcBGAs/s1600/iss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1221" data-original-width="827" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-xz0ExHXnKEg/WZYzSZlwCcI/AAAAAAAAAh8/4Wxv_A0V8BcAQEsf7N8atgmof8Q5ZTTgwCLcBGAs/s320/iss.jpg" width="216" /></a></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Logo no capítulo 2 o leitor é esbofeteado com o seguinte trecho:</div>
<blockquote style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lora, Garamond, serif; font-size: 1.25em; font-style: italic; margin: 0px 1.5em; quotes: "" "";">
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5em;">
<span style="box-sizing: inherit;">“Deus¹ permite que a decepção aconteça no limiar de todo empreendimento humano. Ela acontece quando o menino que ficava encantado no maternal com as histórias da <em style="box-sizing: inherit;">Odisséia²</em> começa a estudar seriamente a língua grega. Acontece quando recém-casados dão início à missão de aprender a viver juntos. Em todas as instâncias da vida, essa decepção marca a transição da aspiração sonhadora para a ação laboriosa”.</span></div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Não sei de vocês, mas isso tem sido o lema da minha vida.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
É claro que desde criança sofremos várias decepções, pequeninas e gigantescas. Isso é normal. Ninguém consegue tudo que quer, do jeito que quer e fica feliz exatamente como imaginou. Quanto maior a expectativa, maior o tombo.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
No entanto, nos últimos anos, eu venho colecionando algumas decepções épicas que, de tão reincidentes, me fizeram parar para perguntar: Será que Deus está querendo me ensinar algo com tudo isso?</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Resolvi parar de me lamentar e embolei a frustração como se embola uma folha de papel em que estava escrito um poema medíocre. Joguei na lata do lixo (só que não, na verdade guardei na gaveta) e coloquei uma folha em branco na máquina de escrever. Comecei a ler histórias e poemas melhores que os meus. Histórias como a de Jó, de Salomão e as escritas por C. S. Lewis. Essas histórias e poemas me fizeram perceber que eu me tinha em alta conta e me julgava um suprassumo de ser humano.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Eu queria ser a amiga querida, a neta mais amada, a aluna elogiada, a cristã correta, a professora admirada, a escritora super lida, enfim, queria me destacar. Entendam, eu não sou do tipo de mulher que quer ser melhor do que todo mundo e está disposta a subir na cabeça das pessoas para chegar ao topo. Até porque sou preguiçosa demais para isso. O fato é que sempre que alguém se destacava de alguma maneira, minha luzinha vermelha da autoestima se acendia, a gratidão por tudo o que Deus já me deu desaparecia e no lugar surgia a frustração. Sempre que eu me desapontava com algo ou alguém, ficava com um nó na cabeça, um gosto amargo na boca e um peso insuportável no coração.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Caramba, isso é horrível. Só quem sente ou já se sentiu assim sabe do que estou falando. Quando os pensamentos e emoções negativos te controlam a ponto de você se sentir um lixo. Aí você pensa: “Eu não faço mal a ninguém, sou uma pessoa boazinha, por que isso acontece <em style="box-sizing: inherit;">só </em>comigo? Coitadinha de mim…” Reparem no destaque para a palavra <em style="box-sizing: inherit;">só. </em>O ego fica tão inflado que chegamos a pensar que somos os únicos a ter decepções. Meu Deus, obrigada por sua paciência e misericórdia. Se fosse outro pai já tinha me dado um puxão de orelha bem violento para eu ficar esperta. Mas Deus não é assim, Ele é bondoso, é justo, é severo quando preciso, mas nunca sem a presença do amor.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
E então, nas minhas buscas por respostas e por práticas que me ajudassem a lidar com as decepções, encontro esse trecho-tapa-na-cara do C. S. Lewis. E por incrível que pareça, falado através da boca de um diabo (que é o narrador da história): “Deus permite que a decepção aconteça no limiar de todo empreendimento humano. (…) Em todas as instâncias da vida, essa decepção marca a transição da aspiração sonhadora para a ação laboriosa”.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Caraca! Putzgrila! Caramba! Puxa vida! Foram essas palavras que me vieram à mente e a vontade: “caramba, preciso twittar isso!” Sim, Ana, twitte isso. Mas não só pelo celular. Twitte isso no seu coração também. Lembre-se disso quando seu trabalho te decepcionar, quando um sonho realizado não for aquela Brastemp que você imaginava, quando seu esposo te deixar louca de raiva, quando você não puder viajar para aquele lugar maravilhoso, quando receber uma crítica, quando sofrer perdas, quando um amigo se afastar sem explicação alguma, quando você descobrir que não é o suprassumo dos seres humanos.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
É gente, eu precisava desse tapa na cara. Deus realmente estava querendo me ensinar algo.</div>
<blockquote style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lora, Garamond, serif; font-size: 1.25em; font-style: italic; margin: 0px 1.5em; quotes: "" "";">
<div style="box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5em;">
<span style="box-sizing: inherit;">“A decepção marca a transição da aspiração sonhadora para a ação laboriosa”.</span></div>
</blockquote>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
É bom sonhar? Sim. As coisas caem do céu? Às vezes. Todavia, em todas as outras vezes a conquista só vem com muito trabalho e suor. Obviamente não há nada que eu tenho que não me foi dado por Deus. Reconheço isso. A honra e a glória são todas Dele. O que quero dizer é que se eu quero ser a amiga querida, preciso investir em minhas amizades, gastar tempo, ajudar quando precisam, estar mais disposta a ouvir do que falar, ser presente, amá-los como eles são. Se quero ser a neta mais amada, ok, não a mais amada pois isso seria injusto numa família cheia de netos e bisnetos, mas se eu quero ser a sobrinha, a neta, a prima, a filha amada, preciso ser amável e isso implica respeitar minha família, preocupar com cada um, orar por eles, escrever cartas e e-mails, ligar de vez em quanto, manter contato. Se eu quero ser a aluna elogiada, preciso estudar, não ter preguiça de me aperfeiçoar no que me propus a aprender, fazer tudo com excelência; se quero ser uma cristã correta devo amar a Deus, obedecê-Lo, preocupar-me mais com a vontade Dele do que com a minha; se quero ser uma professora admirada, devo respeitar meus alunos, ter boa oratória, dominar o conteúdo lecionado, me atualizar sempre; se quero ser uma escritora lida, preciso não só escrever, mas aprender a divulgar e promover o meu trabalho.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Mas há aqui algo muuuuuito importante que eu aprendi, talvez o mais importante de tudo: Pode bem ser que, mesmo se eu fizer tudo o que foi descrito no parágrafo acima, não alcance os objetivos almejados. É bem provável que, ao contrário, eu me decepcione no fim das contas e não seja tão admirada como gostaria… nem amada, nem correta, nem elogiada e muito menos me destaque. É aí que ocorre o desapontamento, a desilusão. E é exatamente aí que ocorre a transição entre a “aspiração sonhadora para a ação laboriosa”, entre a vida ideal romantizada e a vida real cheia de espinhos. Quando isso acontece, eu amadureço. Quando isso acontece, reconheço que sem Deus, “tudo é vaidade e correr atrás do vento”.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
A cada decepção, fui caindo na real de que toda escolha tem consequências, de que nem sempre é possível desistir e de que o mundo não gira ao meu redor. Descobri em mim pecados e defeitos dos quais preciso me arrepender e pedir perdão diariamente. Descobri que toda bondade e justiça que há em mim, na verdade não emana de mim, mas vem de Cristo. Descobri que tudo é pela Graça. Não é pelo que eu faço, mas pelo que Cristo fez. Aprendi que eu preciso diminuir para que Ele cresça em meu coração e em minha vida. Meu ego me afasta de Deus. E ego e decepções andam de braços dados.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
Aprendi a lidar totalmente com as decepções? Claro que não. Ainda estou engatinhando nesse processo. Mas, ao invés de ficar amargurada e revoltada, entendi que a decepção é uma coisa boa, pois me ajuda a preocupar mais com os planos de Deus do que com os meus, e me ensina a ser mais humilde e mais dependente do Senhor.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; margin-bottom: 1.5em;">
<div style="font-family: lato, helvetica, sans-serif; font-size: 16px;">
“O mundo não é cor de rosa e o Evangelho não é de pelúcia”, ouvi isso no curso de Teologia. As decepções nos ajudam a descobrir isso. E nos ajudam a entender que quando falamos da Cruz de Cristo, o assunto é sério. Muito sério. Sério e profundo. E, mais ainda, nos fazem compreender o tamanho do amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Deus é o caminho, a verdade e o amor absolutos. Quando conhecemos essa Verdade, experimentamos desse Amor e trilhamos esse Caminho, as decepções diminuem e em seu lugar passamos a ser surpreendidos. Surpreendidos pela esperança, pela fé e pelo amor.</div>
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<br /></div>
<div style="font-family: lato, helvetica, sans-serif; font-size: 16px;">
ATENÇÃO: Em breve irei migrar o blog de plataforma. Sairei do Blogger e irei para o Wordpress. Deixarei aqui o link para que vocês continuem acompanhando as postagens. Conto com vocês!</div>
<span style="font-family: lato, helvetica, sans-serif;">https://enquantosomosjovensblog.wordpress.com/</span></div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
_________________________</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
¹ Deus é tratado no livro como “Inimigo”, pois o narrador é um diabo.</div>
<div style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Lato, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; margin-bottom: 1.5em;">
² Ri alto nessa parte, pois no Brasil isso passa longe. Falar de Homero para estudantes brasileiros? Nem na pós-graduação fui apresentada a essa obra. No Brasil, ou você é autodidata, ou corre sérios riscos de se tornar um analfabeto funcional. A segunda opção tem vencido nessa geração.</div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-48131878971562677312017-07-23T20:55:00.001-07:002017-07-24T05:44:30.195-07:00E se Deus não quiser...<div style="text-align: justify;">
Hoje foi Domingo, dia de igreja, e a pregação do culto matutino foi justamente sobre esse tema: "E se Deus não Quiser...". (Tiago 4: 13-15)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div data-reactid="31" data-v="nvi:59:4:13" style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Palatino, "Book Antiqua", Georgia, serif; line-height: 1.27em; margin-left: 93px; margin-right: 93px; padding: 5px 0px;">
<span data-reactid="32" style="box-sizing: inherit; line-height: 0; margin: 0px -4px; position: relative; top: -12px; vertical-align: baseline;">13</span> <span class="text" data-reactid="34" style="box-sizing: inherit;">Ouçam agora, vocês que dizem: 'Hoje ou amanhã iremos para esta ou aquela cidade, passaremos um ano ali, faremos negócios e ganharemos dinheiro'.</span></div>
<div data-reactid="35" data-v="nvi:59:4:14" style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Palatino, "Book Antiqua", Georgia, serif; line-height: 1.27em; margin-left: 93px; margin-right: 93px; padding: 5px 0px;">
<span data-reactid="36" style="box-sizing: inherit; line-height: 0; margin: 0px -4px; position: relative; top: -12px; vertical-align: baseline;">14</span> <span class="text" data-reactid="38" style="box-sizing: inherit;">Vocês nem sabem o que lhes acontecerá amanhã! Que é a sua vida? Vocês são como a neblina que aparece por um pouco de tempo e depois se dissipa.</span></div>
<div data-reactid="39" data-v="nvi:59:4:15" style="background-color: white; box-sizing: inherit; font-family: Palatino, "Book Antiqua", Georgia, serif; line-height: 1.27em; margin-left: 93px; margin-right: 93px; padding: 5px 0px;">
<span data-reactid="40" style="box-sizing: inherit; line-height: 0; margin: 0px -4px; position: relative; top: -12px; vertical-align: baseline;">15</span> <span class="text" data-reactid="42" style="box-sizing: inherit;">Ao invés disso, deveriam dizer: 'Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo'.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O interessante é que nesse mesmo dia fui ao cinema assistir o novo filme do meu cineasta preferido, Terrence Malick, o longa "De Canção em Canção", e a mesma mensagem estava lá: "E se Deus não Quiser...". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-yp7r-sZ2PBM/WXVigwGw8MI/AAAAAAAAAg4/XNViaBxeabsaD_F5lQoOR6v5ZMsjf2F9wCLcBGAs/s1600/song%2Bto%2Bsong.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="657" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-yp7r-sZ2PBM/WXVigwGw8MI/AAAAAAAAAg4/XNViaBxeabsaD_F5lQoOR6v5ZMsjf2F9wCLcBGAs/s320/song%2Bto%2Bsong.jpg" width="219" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bem... não é fácil encontrar as palavras certas para traduzir o abstrato, mas eu vou tentar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Faye é uma musicista que sonha em ter uma carreira de sucesso. Ela deseja orgulhar a família com seu trabalho, quer ser alguém, quer se destacar. Faye vive em busca de liberdade, de experiências intensas que a façam se sentir feliz e plena. Nessa busca, os dias vão passando um a um e a vida vai escorrendo por entre os dedos. O tempo não é um bom amigo quando estamos em busca de algo que se esconde no futuro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Boa parte do filme é em <i>voz off </i>e, dentre muitas frases que alcançaram meu coração como flechas, uma delas foi quando Faye diz algo mais ou menos assim: "E se eu não alcançar o sucesso? E se eu não chegar onde desejo? E se a vida não me reservar algo extraordinário? E se eu não me tornar nada além do que já sou? Se assim for, eu não terei nenhum dos dois, nem o sonho, nem a realidade, pois terei desperdiçado o agora, por estar sempre olhando para o amanhã". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/yuww_5tnaw8/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/yuww_5tnaw8?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Minha vida e a da Faye não têm muito em comum, mas nessa parte me identifiquei muito. A princípio, meu sonho era o de publicar um livro. Isso se realizou em 2014 quando publiquei a primeira versão independente de "Um Ano Bom". Desde então, o sonho cresceu, ganhou mais contornos e cores, se desdobrou em metas e deu origem a outros sonhos adjacentes. Quero publicar meus livros, quero fazer da escrita uma profissão, quero me dedicar a esse trabalho em tempo integral e quero uma carreira consolidada, com um público leitor fiel, que me acompanhe, leia e ame minhas histórias. Um público que aguarde ansiosamente pelo próximo livro, e pelo próximo, e pelo próximo... assim por diante. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se eu já me senti desanimada? Sim, muitas vezes. Começar a construir algo do zero nunca é fácil. Contudo, descobri que escrever é uma das coisas que eu mais amo na vida e, mesmo que eu decidisse não publicar mais nada, não iria conseguir parar de escrever. Isso faz parte da minha personalidade. Escrever não envolve apenas meus conhecimentos técnicos. Tem a ver com a minha alma, com quem eu sou. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, no culto de manhã e durante o filme de Malick, me peguei pensando... E se Deus não quiser? E se não for para ser? E se meu sonho não se tornar realidade? Confesso que vivo todos os dias esperando o momento em que minha carreira irá decolar. Pensar que isso pode nunca acontecer é algo amedrontador e triste. Não exatamente pela fama e pelo dinheiro, esse não é o ponto. Triste porque eu quero que o mundo conheça as histórias que eu invento, eu as acho maravilhosas e quero de todo o meu coração compartilhá-las com as pessoas. Pensar que isso pode nunca acontecer parte meu coração. E aí vem a reflexão de Faye, a moça do filme: Se eu passar minha vida esperando pelo sucesso e ele não vier, terei deixado de viver o presente por estar tão concentrada no futuro. Isso é um erro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
C. S. Lewis também fala disso em algum de seus livros, já não me recordo qual. Lewis nos lembra do verso da oração que diz "o pão nosso de cada dia dai-nos hoje". O "hoje" é a única coisa que temos. "Hoje" eu recebi a mensagem de uma leitora dizendo o quanto amou meu livro. Hoje eu abri os olhos de manhã, me levantei da cama quentinha, tomei um café gostoso, fui à igreja, passei tempo com meu esposo, assisti a um bom filme, pensei em Deus, pensei em mim, pensei na vida... Daqui a pouco vou dormir de novo e só Deus sabe o que o amanhã me reserva. Não posso viver esperando as coisas acontecerem. É como se pulássemos as páginas de um livro a fim de chegarmos depressa ao capítulo final. Não tem graça. São justamente as páginas que não damos importância que contém os detalhes mais preciosos. É por isso que, quando lemos o mesmo livro duas vezes, compreendemos muito melhor a histórias toda, enxergando as coisas simples que nos passaram despercebidas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A felicidade não está escondida no final do arco-íris, ela é revelada no caminho, em cada passo que damos. Assim como a luz é a origem do arco-íris, é também a Luz a origem da verdadeira felicidade. É exatamente essa Luz que eu busco quando escrevo, quando assisto aos filmes de Terrence Malick, quando vou à igreja, quando reflito sobre quem eu sou e para onde quero ir. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Meu coração está doente", Faye diz em algum momento no filme. Doente porque ela busca no mundo aquilo que ela só pode encontrar na eternidade. Os filmes de Malick são sobre isso, transcender. E, muitas vezes, é através da dor que conseguimos finalmente parar de olhar para nós mesmos e levantar os olhos para o céu. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Termino com alguns versos de minha autoria, fragmentos de um poema que escrevi há muito tempo:</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Em momentos de crise<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Minha identidade fica
abalada<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Minhas qualidades são
questionadas<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Meu nome se torna um
nome qualquer<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Em momentos de Graça<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Quando Tua Glória me
alcança<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Tenho absoluta
certeza de quem sou<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
E nenhuma dúvida do
Teu amor.<o:p></o:p></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se Deus quiser, eu serei uma escritora de sucesso, com uma carreira consolidada. Mas, se Deus não quiser, continuarei escrevendo para mim mesma, a fim de transcender, em busca da Luz que fará imortal a minha humanidade. </div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-58476532647832662102017-06-27T14:04:00.005-07:002017-06-27T14:14:08.745-07:00Madame Bovary e o problema do descontentamento<div style="text-align: justify;">
Nunca tinha sentido uma ressaca literária tão profunda quanto após a leitura de Madame Bovary, de Flaubert.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-lLgBCThcc3U/WVLDjAmA2pI/AAAAAAAAAeo/ZhToPcdvFBI63bpNc2cDut6krha0RjLigCLcBGAs/s1600/images%2B%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="483" data-original-width="304" height="320" src="https://2.bp.blogspot.com/-lLgBCThcc3U/WVLDjAmA2pI/AAAAAAAAAeo/ZhToPcdvFBI63bpNc2cDut6krha0RjLigCLcBGAs/s320/images%2B%25281%2529.jpg" width="201" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É um clássico e, como todo clássico que eu já li, demorei meses para terminar. A linguagem é magnífica, mas a história é densa e nem um pouco divertida. Não é uma leitura para entretenimento. Quando se lê histórias como a de Madame Bovary, o que se ganha é um conhecimento maior sobre o sofrimento humano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu odiei Ema Bovary em muitos momentos. Odiei-a por causa de suas atitudes e, principalmente, porque me reconheci na protagonista. Identifiquei-me profundamente com o descontentamento no qual ela agoniza. Cada escolha de Ema tinha como objetivo alcançar a felicidade e tornar a vida menos enfadonha. Mas o novo também se torna velho e Ema voltava sempre ao mesmo estado de tristeza, ou talvez a um estado cada vez pior. As desilusões e a monotonia corroeram sua alma a ponto de levá-la odiar tudo, inclusive a si própria. A dor do existir fazia-a voltar-se apenas para si mesma, num narcisismo tal que nem a própria filha era digna de seu afeto sincero.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Odiei Ema Bovary porque ela era infeliz apesar de ser bonita e inteligente, ter um marido bondoso e fiel, uma filha saudável e doce, amigos, casa, uma vida confortável e um pai amoroso. Como alguém com tudo isso pode não ficar satisfveito e grato?</div>
<div style="text-align: justify;">
Pois é... Que atire a primeira pedra quem nunca reclamou de barriga cheia.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você já sentiu ao menos um quarto do vazio que Madame Bovary sentia, sabe que nem todo dinheiro do mundo, nem as maiores paixões, nem os melhores divertimentos, podem preenchê-lo. E o final de Ema é o mais terrível possível. O dela e o da família.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pobre Ema! Queria poder salvá-la, ser-lhe amiga, ajudá-la a encontrar uma saída. Naquele tempo, provavelmente, não se tinha diagnósticos nem tratementos adequados para a depressão e suas variações. Mas, hoje isso existe e, ainda assim, muitos de nós vivem como Ema, vendo os dias passarem como reprises infindáveis, sentindo nos ombros o fardo pesado de sermos felizes e a responsabilidade de não tornar a vida de quem amamos um inferno.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao ler a última página fiquei pensando... é muito fácil julgar Ema Bovary como mulher leviana e ingrata. É muito fácil apedrejá-la. O que eu quero realmente saber é como Ema poderia ter sido salva.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Claro, sabemos que a Salvação pode vir apenas de Cristo. Ema conhecia a religião, mas não conhecia o Cristo. Pelo menos não como o Novo Testamento O revela. Todavia, dizer que Ema pereceu por não conhecer a Cristo, embora seja verdade, é uma resposta bem simplificada e que leva à outra pergunta mais complexa: em que consiste conhecê-Lo?<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desde o Gênesis, Deus vem se revelando como Criador, Senhor, Grande Eu Sou, e como Pai, através de seu Filho Jesus. Deus é trino, é Pai, Filho e Espírito Santo.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Deus também se revela na criação, nas Escrituras, em nosso coração. Ainda assim, é possível que não O conheçamos de fato.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um grande filósofo disse certa vez que "Deus fez o mundo ambíguo o suficiente para crermos Nele <b>se</b> estivermos dispostos". O problema está no ollhar. Muitas vezes preferimos enxergar aquilo que não somos, que não temos, que não sabemos. Com toda a luz existente, ainda assim preferimos olhar para a escuridão. Com tudo o que nos foi revelado, preferimos nos exaurir desvendando os mistérios. Com toda a beleza diante de nós, preferimos olhar aquilo que está por trás de tudo até que todas as coisas se tornem transparentes (C. S. Lewis). Com toda a dádiva disponível, preferimos enxergar a privação e os limites (Guilherme de Carvalho).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Creio que esse era o caso de Ema. Ela sonhava com uma vida agitada, emocionante e prazerosa, mas, mesmo vivenciando momentos assim, nunca eram o bastante. Nada conseguia preencher o coração de Ema. E esse vazio cresceu gradativamente até que a engoliu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-qGMavsONcsM/WVLG0CbFzHI/AAAAAAAAAe0/uLZIk1ScjO4rxakdQOx_8yzCOdp3_WsdACLcBGAs/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="343" data-original-width="429" height="255" src="https://1.bp.blogspot.com/-qGMavsONcsM/WVLG0CbFzHI/AAAAAAAAAe0/uLZIk1ScjO4rxakdQOx_8yzCOdp3_WsdACLcBGAs/s320/images.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Eu não sou como Ema, mas admito que me identifiquei com ela em muitos pensamentos. Poderia fazer aqui dezenas de citações, frases de Flaubert que atingiram meu peito feito lança. Me pergunto como um homem conseguiu escrever uma história que caracterizasse tão bem a angústia de uma mulher decepcionada com a vida feito Ema Bovary.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O problema dos clássicos, pelo menos os que já li, é que o mal e a dor são bem retratados, mas nunca há uma redenção. Não gosto disso. E é exatamente o contrário que tento fazer nas histórias que escrevo. Ainda que anos luz do talento de Flaubert, escrevo sobre a dor, sobre o amor, sobre o medo, e também sobre esperança e fé. Os meus protagonistas passam por um processo de amadurecimento até alcançarem a redenção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aprendi com Ema Bovary. A história dela me inspirou e me emocionou. E o final devastou meu coração. O fim de Ema retratou o que acontece com quem não tem fé, amor e esperança. Essas três virtudes sempre estão presentes nas histórias que publico, porque quero lembrar aos meus leitores que o bem vence no final. Não só na Literatura, como também na vida real.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-XmHDxmFa2Ks/WVLHQVcCyOI/AAAAAAAAAe4/7yX2xlItIEkgpMWA-8lr6wQRfp0dX90DQCLcBGAs/s1600/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="215" data-original-width="567" height="121" src="https://3.bp.blogspot.com/-XmHDxmFa2Ks/WVLHQVcCyOI/AAAAAAAAAe4/7yX2xlItIEkgpMWA-8lr6wQRfp0dX90DQCLcBGAs/s320/unnamed.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-57751196970231641932017-06-20T17:24:00.002-07:002017-06-20T17:24:19.902-07:00Viver é Adaptar-se - Parte 2<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Viver é adaptar-se. Isso não vale só para quem é deficiente, mas
para todos nós. A vida sempre nos apresenta situações novas que, em diferentes
graus, nos obriga a mudar, a descobrir uma nova maneira de viver e
sobreviver. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">No meu caso, dentre tantas mudanças - algumas boas, outras terríveis -, uma delas
que exigiu de mim coragem e força foi a área profissional. Sempre trabalhei
com coisas que eu gostava, mas nunca, nunquinha trabalhei com algo que amava. O
resultado foi a frustração (já falei mais de uma vez sobre isso no blog). Foi
quando em meio à crise existencial, descobri que escrever não era apenas um<span class="apple-converted-space"> </span><i>hobby</i>, mas um talento. Descobri também que esse talento não deveria permanecer enterrado, mas que eu poderia
desenvolvê-lo e usá-lo para o bem, meu e do meu próximo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-6wo-Zwo4O1I/WUm72rhU1yI/AAAAAAAAAd8/Q8uK-5pV17IYwmqISDYRXz7Lzy2YuRbewCLcBGAs/s1600/large-1122.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="691" data-original-width="1200" height="184" src="https://2.bp.blogspot.com/-6wo-Zwo4O1I/WUm72rhU1yI/AAAAAAAAAd8/Q8uK-5pV17IYwmqISDYRXz7Lzy2YuRbewCLcBGAs/s320/large-1122.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Com o apoio da família e de amigos, destacando minha mãe e meu
marido, comecei a investir no sonho de me tornar escritora. Dentre os
diversos textos guardados, escolhi um e publiquei (Um Ano Bom). A princípio 50
exemplares, depois aumentei gradativamente. Conheci outros escritores, aprendi
mais sobre o universo da literatura, comecei a participar de eventos, a visitar
escolas, a ler mais literatura nacional, a fazer parcerias com blogs e</span><span class="apple-converted-space" style="font-size: 13.5pt;"> </span><i style="font-size: 13.5pt;">ig's</i><span style="font-size: 13.5pt;">, enfim, a finalmente
trabalhar duro em algo que amo. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Muitas vezes, quando lecionava em sala de aula, chegava em casa
decepcionada, cansada, com um sentimento ruim de desperdício de tempo, vida,
energia e inteligência. Também não é objetivo deste texto dissertar sobre a
carreira de professor no Brasil, que todos sabem que é pauleira. O problema
muitas vezes era mais dentro de mim do que fora. O que mais me entristecia era a
sensação de não-reconhecimento, como alguém que detona no<span class="apple-converted-space"> </span><i>The Voice</i><span class="apple-converted-space"> </span>e não recebe um mísero aplauso, nem
mesmo de consolação. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Salomão já dizia, "tudo é vaidade". Paulo disse, no
entanto, "que tudo posso, mas nem tudo me convém". Entre os
ensinamentos de Salomão e Paulo há um equilíbrio na busca pelo sucesso.
Acredito que todo mundo quer ser bem-sucedido, e isso não envolve
necessariamente grana, que com certeza é algo necessário e gratificante. Não se resume também
à fama e glamour, o que algumas vezes deve ser bem gostoso. Para mim, ser
bem-sucedido e realizado é você ter a certeza de que o seu trabalho é
importante para alguém, é valorizado, faz bem para as pessoas e faz a diferença
no mundo. E isso, meus amigos, tenho experimentado pela primeira vez com a
literatura. <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-iyZ1-O8L4z4/WUm75KdoX4I/AAAAAAAAAeE/jI46jJo7tvEbYtXJ9dQ90pn9eZ7c2kkcQCEwYBhgL/s1600/escrever-donald-escritor-sobrinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1224" data-original-width="1285" height="304" src="https://3.bp.blogspot.com/-iyZ1-O8L4z4/WUm75KdoX4I/AAAAAAAAAeE/jI46jJo7tvEbYtXJ9dQ90pn9eZ7c2kkcQCEwYBhgL/s320/escrever-donald-escritor-sobrinho.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Assim como o André, meu marido, precisou se adaptar à nova rotina, à mim, à sua
condição de cadeirante, eu precisei me adaptar à nova condição de iniciante em
uma carreira. Após um curso técnico, uma graduação, um mestrado e dezenas de
outros cursos, voltei à estaca zero de aprendiz.<span class="apple-converted-space"> </span></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><i><br /></i></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: left;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><i>Pasito</i><span class="apple-converted-space"> </span>por<span class="apple-converted-space"> </span><i>pasito<span class="apple-converted-space"> </span></i>tenho conquistado meu espaço no
<i>hall</i> dos escritores brasileiros contemporâneos e também um espacinho no coração
dos meus leitores. Claro, conto com o apoio de muitas pessoas: família, mãe,
marido, amigos, escolas, professoras, colegas de profissão, minha editora,
profissionais de distribuidoras e livrarias, leitores beta, meus parceiros
queridos no Instagram, no Face e Blogs, meus leitores, etc. </span><span style="font-size: 13.5pt;">Conto </span><span style="font-size: 18px;">principalmente </span><span style="font-size: 13.5pt;">com o apoio de Deus. Nada tenho que do céu não me tenha sido dado. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Ainda estou na
fase do "investir". Investir tempo, energia, dinheiro, capital
cultural, vida. Mas não passa uma semana sem que eu tenha a deliciosa sensação
de que meu trabalho é importante para alguém, que é valorizado, que minhas
histórias e palestras fazem bem para as pessoas e que, como na história do
beija-flor que tentava apagar o incêndio com a água que levava no bico, meu
trabalho faz a diferença no mundo. Minhas histórias falam de amor, fé e
esperança e nos fazem lembrar de que o bem sempre vence no final. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-KAH6nfGdqLQ/WUm72geHKCI/AAAAAAAAAeA/Tk_CRiTyixE47idFcXFdOw5rxdof9Zu-gCEwYBhgL/s1600/escritora.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="176" data-original-width="186" height="188" src="https://2.bp.blogspot.com/-KAH6nfGdqLQ/WUm72geHKCI/AAAAAAAAAeA/Tk_CRiTyixE47idFcXFdOw5rxdof9Zu-gCEwYBhgL/s200/escritora.gif" width="200" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> </span><span style="font-size: 13.5pt;">Aqui vai um exemplo do que estou tentando dizer: nesse mês estive
duas vezes em Betim (MG), em instituições de ensino e de promoção da cultura. Um
motorista veio me buscar em casa e depois me trazer de volta. Quando cheguei na
Ramacrisna, fui recebida pela equipe com um bolo quentinho, recepcionada por alunos super
interessados e espertos. Após um almoço com gostinho de casa de vó e de ganhar
um presente de artesanato lindo, fui para o Salão do Encontro. A turma já me
esperava na biblioteca ansiosa, me ouviu com atenção e olhinhos brilhando,
fizeram perguntas, pediram autógrafos e fotos. Depois fui direcionada para um
outro ambiente super agradável e ali me esperava um lanchinho com o melhor pão
de queijo que já comi na vida. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Ganhei de presente um "cochicho" (pergunta pro
Google o que é), abraços, elogios, agradecimentos e muito, muito carinho de toda a equipe. Meus
livros foram comprados para colocar nas bibliotecas das instituições e
funcionários também vieram ao meu encontro para me conhecer. Imagina, uma
escritora de verdade assim, tão pertinho! </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">No outro dia que retornei, mais uma
vez a visita ao Salão do Encontro foi linda e fui recebida com muito carinho.
Depois foi a vez do Centro Popular de Cultura Frei Chico. Havia um mural com o
meu nome e o nome dos livros, e mais uma turma gigantesca de alunos para me
ouvir.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Não há como descrever a sensação de estar com o microfone nas
mãos, tentando expressar o que de mais belo há em mim, para uma platéia que te
olha nos olhos, aguça os ouvidos e ouve o que você tem a dizer. É um momento
mágico quando as pessoas chegam perto para conversar, pedir um autógrafo, tirar
uma foto. É de arrancar sorrisos bobos o resto do dia quando recebo uma
mensagem pela internet ou uma cartinha de alguém que leu meus livros, se
identificou com a história, se emocionou. Não há grana que pague isso, nem
fama, nem glamour. Já fui em muitas escolas, humildes e imponentes, a sensação de
felicidade é igual em todas. <i> </i></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Como diz o título, viver é adaptar-se. Eu tenho tentando me adaptar a essa mudança em minha área profissional. Eu, com 32 anos, escolhi uma nova profissão e tive de iniciar da estaca zero. Todo escritor no Brasil sabe que não é fácil viver de livros. Entre a primeira </span><span style="font-size: 18px;">publicação</span><span style="font-size: 13.5pt;"> e a conquista de um público leitor fiel, há um vasto caminho a ser percorrido e muito investimento a ser feito. É preciso acreditar no sonho para perseverar. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-joeSuixwn0A/WUm8hGDqDAI/AAAAAAAAAeQ/Cd56mTTgrgcfzh0KUYXV2-xB2At6Evp7QCEwYBhgL/s1600/escritor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="334" height="171" src="https://2.bp.blogspot.com/-joeSuixwn0A/WUm8hGDqDAI/AAAAAAAAAeQ/Cd56mTTgrgcfzh0KUYXV2-xB2At6Evp7QCEwYBhgL/s200/escritor.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Acredito que toda profissão tenha seus perrengues e também seus momentos sublimes. A carreira de escritora não seria diferente. Mas o que me move é ter a certeza de que vale a pena. Nunca tive tanta certeza de algo em minha vida profissional como tenho agora, ou seja, de que quero que pessoas no Brasil todo e no mundo leiam as minhas histórias. E são momentos como estes que vivi em em instituições como Ramacrisna, Salão do Encontro, Centro Popular de Cultura Frei Chico, E. E. Luiz Gatti, Colégio Santa Maria Betim, E. M. Mestre Ataíde, e tantas outras, que me fazem perder o medo. São momento s assim que me ajudam a ter a coragem de continuar acreditando que o meu talento é verdadeiro e que não só eu mesma, mas outras pessoas também conseguem enxergar isso. </span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-x3qdOS-pci0/WUm8ic9ZZxI/AAAAAAAAAeU/13LATKUGGjkWX5dfoWCCxJyFFnrCEFqVgCEwYBhgL/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="224" data-original-width="225" src="https://4.bp.blogspot.com/-x3qdOS-pci0/WUm8ic9ZZxI/AAAAAAAAAeU/13LATKUGGjkWX5dfoWCCxJyFFnrCEFqVgCEwYBhgL/s1600/images.jpg" /></a></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Tenho me sentido realizada, importante e cheia de entusiasmo. E, depois de quase dois anos perdida no labirinto que eu sou, Deus, com sua preciosa luz e seu infinito amor me toma pela mão e me mostra mais uma vez o caminho em que devo seguir.</span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;">Agradeço a Deus e a todos vocês que me ajudam a tornar meus sonhos realidade. Muito obrigada! <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-lhsZif9lKaM/WUm8f2BedHI/AAAAAAAAAeM/S4ZQs_RZ8n45dy-ix6vfgHOkQ_eZp1HAQCLcBGAs/s1600/tumblr_static_tumblr_static_4yqe2jd1wmckwgc4sg0oc4wcw_640.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="270" data-original-width="480" height="180" src="https://2.bp.blogspot.com/-lhsZif9lKaM/WUm8f2BedHI/AAAAAAAAAeM/S4ZQs_RZ8n45dy-ix6vfgHOkQ_eZp1HAQCLcBGAs/s320/tumblr_static_tumblr_static_4yqe2jd1wmckwgc4sg0oc4wcw_640.png" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-82278269317874261872017-06-17T20:20:00.000-07:002017-06-17T20:27:58.589-07:00Viver é Adaptar-se - Parte 1<div style="text-align: justify;">
Já falei em um post anterior - na verdade não é pensamento meu, mas que tirei dos meus estudos sobre Filosofia - "que <span style="text-align: justify;">existem circunstâncias sociais, genéticas, emocionais, intelectuais e até cósmicas sobre as quais não exercemos nenhum controle. O desafio é aprender a viver bem a partir do que somos e do que temos, aceitando aquilo que não podemos mudar e tendo coragem de mudar aquilo que podemos". Pois bem, não sei se todo mundo sabe que sou casada com um homem que é tetraplégico. O conheci já nesta condição há 16 anos, quando eu, ainda menina, me apaixonei pelo meu melhor amigo. Sim, éramos amigos a princípio, mas o relacionamento foi se tornando cada vez mais estreito, até que nos beijamos pela primeira vez em 13 de dezembro de 2001. </span></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">De lá para cá vieram as etapas do namoro, noivado e casamento. Muita coisa aconteceu na minha vida e na dele nesses 16 anos e, pela Graça e Amor de Deus, nosso amor tem vencido e se renovado. Sim, por causa do Amor de Deus, porque não há amor nem afeição que possam existir desvinculados do amor de Deus. Sem o amor de Deus tudo se torna tormento, escravidão e vazio. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Mas este texto não é exatamente para falar de teologia, nem especificamente dos meus amores e das minhas dores. Este texto é pra falar de superação. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-DcOgVzoXoeA/WUXywJg52jI/AAAAAAAAAcI/intmNQabBxoqMKqy-EfvtPGLf-lvm9xuwCLcBGAs/s1600/o-poder-da-adaptacao-aquela-dos-30-flor.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1243" data-original-width="1600" height="248" src="https://3.bp.blogspot.com/-DcOgVzoXoeA/WUXywJg52jI/AAAAAAAAAcI/intmNQabBxoqMKqy-EfvtPGLf-lvm9xuwCLcBGAs/s320/o-poder-da-adaptacao-aquela-dos-30-flor.JPG" width="320" /></a></div>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Ainda namorando o André, ele cismou certa vez de fazer autoescola para conseguir dirigir um carro adaptado. No fundo, confesso que pensei que ele não seria capaz. Fiquei com medo até, pelas limitações dele oferecerem riscos no caso dele dirigir um automóvel. Mesmo assim, concordei com a ideia e lá fomos nós fazer aula na única autoescola que, na época, tinha um veículo adaptado e automático em Belo Horizonte. Sentei-me no banco de trás com a sensação de medo. Medo por ele ficar frustrado se tudo desse errado, e medo por estar no carro com alguém dirigindo perigosamente. Hahaha, imaginava-o tentando fazer uma curva e esborrachando o carro no muro. No entanto, para a minha surpresa, já na primeira aula ele dirigiu maravilhosamente bem e, antes mesmo de completar o pacote de 10 aulas comprado, o instrutor já marcou o exame dele. O André tirou a carteira adaptada de primeira (ele já era habilitado, porém, quando se fica deficiente, é preciso passar por todo o processo de novo e fazer o exame com as adaptações necessárias). Eu e ele ficamos muito felizes. </span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<span style="text-align: justify;">Esse é só um exemplo de todas as coisas que meu marido conseguiu fazer depois que o conheci. Ele saiu de uma condição de acamado quase 24 horas por dia, para uma vida ativa, semi-independente e dinâmica. Foram necessários muitas adaptações como as do carro, da casa, do estilo de vida e rotina e, principalmente, da mentalidade. Talvez o mais difícil de se adaptar a uma situação nova e/ou limitada seja a mente. O medo muitas vezes paralisa e nos impede de tentar algo novo, de sair da zona de conforto, de perder o controle total da situação, de correr riscos.</span><br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-5Z8ZFp5ENwk/WUXy3mftO2I/AAAAAAAAAcM/SdECiSj5ykwcvmWrkRSm2RDYtRdKtYZwACLcBGAs/s1600/mudan%25C3%25A7a.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="879" data-original-width="1166" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-5Z8ZFp5ENwk/WUXy3mftO2I/AAAAAAAAAcM/SdECiSj5ykwcvmWrkRSm2RDYtRdKtYZwACLcBGAs/s320/mudan%25C3%25A7a.png" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="text-align: justify;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A mais recente mudança, que está me fazendo dar pulos de alegria, é que temos feito mais coisas juntos, dentre elas, viajar. Há 9 anos sempre viajávamos para a mesma cidade nas férias, o mesmo hotel, o mesmo quarto. No início era legal, pois é um lugar bem bonito, mas depois foi me cansando. Entendo que, para meu marido, ir em um lugar que já se conhece e já se sabe que tem estrutura para cadeirante, traz segurança e conforto. Mas, definitivamente, para mim, isso se tornou um saco. Diferente dele, gosto de novidades, de ir a lugares diferentes, conhecer outras paisagens, culturas, idiomas, comidas, etc... Viver novas experiências. É em situações assim que o amor precisa agir. Se eu amo meu marido, preciso compreender que não é todo lugar que ele pode ir comigo, nem tudo que eu quero é o que podemos fazer. Por outro lado, o André precisa entender que só porque ele não pode, não quer dizer que eu não posso; só porque ele não quer, não quer dizer que eu não quero. Cada um precisa ceder um pouquinho. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Graças a Deus, ele nunca foi o tipo de homem que proíbe a esposa de fazer as coisas. Pelo contrário, sempre me apoiou quando viajava em razão do mestrado, quando viajo para as bienais e feiras de livros, quando vou visitar algum parente que mora longe. Ele mesmo já viajou com os amigos pra ver jogo do Galo em outro estado. Quanto a isso, somos bem tranquilos. A questão toda é que eu queria fazer mais coisas COM ELE. Ele entendeu isso e passamos a ir mais ao cinema, a restaurantes mais topzinhos, a fazer viagens diferentes. E foi aí que o mais legal aconteceu. Se no início o André topou sair da zona de conforto e vencer os medos para me agradar, logo em seguida ele sentiu na pele o quanto isso era bom. Ele mesmo começou a ter vontade de fazer as coisas, sem precisar de eu ficar insistindo. E isso fez muito bem a ele, a mim e a nós. Fez bem ao nosso amor.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-csB_plEbFqk/WUXzKS6DKCI/AAAAAAAAAcQ/snOBvnYC9lkV0FCpudDVPqNDFGio0sbXgCLcBGAs/s1600/DSC08178.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="223" src="https://4.bp.blogspot.com/-csB_plEbFqk/WUXzKS6DKCI/AAAAAAAAAcQ/snOBvnYC9lkV0FCpudDVPqNDFGio0sbXgCLcBGAs/s400/DSC08178.JPG" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sim, viver é adaptar-se. Adaptar-se é sair da zona de conforto e permitir o novo. É vencer os medos, aceitar os desafios, aprender a conviver com o que não se pode mudar e ter coragem para mudar o que é possível. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É isso o que eu e o meu marido temos feito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Que Deus dê a você sabedoria e força para vencer. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Descobri uma coisa com o Pastor Guilherme de Carvalho. O contrário do amor não é o ódio, nem a indiferença. O contrário do amor é o medo, porque o amor lança fora todo o medo. E Deus, o que é? Deus é amor. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-5181388135250906972017-06-14T10:34:00.001-07:002017-06-14T10:42:33.534-07:00GratidãoHá algum tempo eu estava insatisfeita profissionalmente. Cursei faculdade e pós-graduação acreditando que o caminho que eu tinha escolhido era bom o bastante para me fazer feliz, mas, com o tempo, a sensação de que minha vida estava passando em branco começou a me sufocar.<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Acredito que muitas pessoas já passaram ou estão passando por isso, ou seja, estão vivendo uma crise em alguma área da vida que grita por mudanças. Não estou aqui para lhe dizer o que você tem de fazer, pois cada um caminha como pode. Este texto é mais um relato da minha vida, com a intenção de inspirar você e te encorajar. O fato é que existem circunstâncias sociais, genéticas, emocionais, intelectuais e até cósmicas sobre as quais não exercemos nenhum controle. O desafio é aprender a viver bem a partir do que somos e do que temos, aceitando aquilo que não podemos mudar e tendo coragem de mudar aquilo que podemos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No caso específico da minha profissão, muitas coisas acabaram acontecendo para que eu desse uma pausa na carreira que tinha escolhido aos 18 anos quando fiz vestibular. E aí, então, veio uma crise violenta, porque eu não sabia mais o que fazer da vida e, muito menos, o que fazer com o que eu tinha construído até ali. Por um período breve, o seguro desemprego me garantiu uma parte da renda necessária para eu pagar minhas contas. Graças a Deus e ao meu pai - que me deixou bens - não era exatamente a falta de grana que estava me deixando desesperada. O que gerou um total descontentamento em meu coração foi o fato de olhar pra mim e me sentir fracassada. Comecei a me comparar - tenho esse grave defeito - com outras mulheres e me sentir menos querida, menos amada, menos importante, menos feliz. Era como se eu tivesse vivido 30 anos da minha vida com a promessa de ser uma pessoa grandiosa, cheia de potencial, mas que no fim não havia construído nenhum legado. Eu sei, estava sendo ingrata, orgulhosa e até mesmo invejosa, e isso era horrível. Não sei explicar... Na minha mente eu sabia que tinha muitas coisas que agradecer, mas minhas emoções me puxavam para baixo, para um tipo de buraco negro, onde eu só conseguia enxergar as escolhas erradas que fiz e os meus defeitos.<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-1IKfoZGGJzg/WUF0CcnwhYI/AAAAAAAAAbs/QSU52K9YsPwkBIlq9akOKuZmfX9NTkfVgCLcBGAs/s1600/gratid%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="212" data-original-width="237" height="178" src="https://2.bp.blogspot.com/-1IKfoZGGJzg/WUF0CcnwhYI/AAAAAAAAAbs/QSU52K9YsPwkBIlq9akOKuZmfX9NTkfVgCLcBGAs/s200/gratid%25C3%25A3o.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
Procurei ajuda obviamente, como já relatei em outros posts: psiquiatra, psicóloga, homeopatia, acupuntura, atividades físicas, leituras de teologia e filosofia e, principalmente, a oração e a Palavra de Deus. Não vou dizer que foi fácil. Foram dois anos lutando contra mim mesma, como se eu fosse minha pior inimiga. Eu me odiava e não suportava minha própria companhia. Nesses momentos de fraqueza, parece que o mal aproveita para invadir nossa alma através das frestas, nos levando a acreditar que a escuridão é melhor do que a Luz. Eu me debatia em minha própria carne, como alguém que é enterrado vivo. Nesse meio tempo, tive momentos bons e momentos terríveis. A noite durava mais do que o dia. Contudo, mesmo eu pensando seriamente em me perder como fez o filho pródigo da parábola, Deus me sustentou com Sua Graça. Como um pai que ama o filho incondicionalmente, ele me puxou para um abraço, vem enxugando minhas lágrimas, e segurando minhas mãos, como um pai segura o bebê que está (re)aprendendo a andar. Eu, que há mais de uma década conhecia a Verdade, me vi impregnada da "velha criatura" e descobri defeitos grotescos que nem imaginava ter. No entanto, Deus tem transformado o mal em bem, usando minha crise existencial para me ensinar a ser humilde, dependente Dele e a ter um coração grato. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
"Que eu não me canse de agradecer", essa tem sido minha oração. E o livro "Confissões", de Santo Agostinho, tem sido meu livro de cabeceira. É maravilhosa a forma como Agostinho relata sua conversão e o que mais me impressiona é a intimidade que esse homem tinha com Deus.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tJsjst8Vmfc/WUF1KgNg2YI/AAAAAAAAAb0/BHfhF0JrfEIxJtoihIziK465-GAYAY67ACLcBGAs/s1600/confiss%25C3%25B5es%2Bde%2Bagotinho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="175" src="https://1.bp.blogspot.com/-tJsjst8Vmfc/WUF1KgNg2YI/AAAAAAAAAb0/BHfhF0JrfEIxJtoihIziK465-GAYAY67ACLcBGAs/s1600/confiss%25C3%25B5es%2Bde%2Bagotinho.jpg" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sempre vão existir pessoas que têm problemas muito maiores que o nosso. Porém, nosso termômetro só consegue medir o tamanho da nossa dor. É impossível comparar. A dor do outro jamais nos consola. O que nos consola é saber que existe o Bem, que existe Luz, que existe Esperança. É essa esperança que nos ajuda a perseverar e seguir em frente, rumo ao alvo. Porque, como disse Agostinho, "com efeito, não só ir ao céu, mas também atingi-lo, não são mais que o querer ir, mas um querer forte e total, não uma vontade tíbia que anda e desanda daqui para ali, que luta entre si, erguendo-se num lado e caindo no outro.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-rmkoFgn8NpM/WUF1Z9MWgyI/AAAAAAAAAb4/acBbGhhDhWs4F9kuMpR7127eOm2U-UBoACLcBGAs/s1600/gratid%25C3%25A3o%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="225" data-original-width="225" src="https://4.bp.blogspot.com/-rmkoFgn8NpM/WUF1Z9MWgyI/AAAAAAAAAb4/acBbGhhDhWs4F9kuMpR7127eOm2U-UBoACLcBGAs/s1600/gratid%25C3%25A3o%2B2.jpg" /></a></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tenha força, meu amigo. Busque a esperança em meio ao desespero. Busque o amor em meio a esse mundo cheio de ódio. Só quando admitimos que estamos perdidos, é que começamos a nos encontrar. Se permita chorar e sofrer, mas entenda que o sofrimento humano não durará para sempre. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Grande abraço, Deus o abençoe. </div>
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<br /></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-19431656329850971542017-05-27T15:49:00.004-07:002017-05-27T15:55:41.705-07:00Meu Cabelo não é minha IdentidadeHá algum tempo tenho acompanhado vídeos no Youtube e posts em blogs e Facebook falando sobre o processo de transição pelo qual algumas mulheres decidiram passar para parar de alisar os cabelos e deixar os cachos naturais. Não é à toa que diversos novos produtos para cabelos cacheados surgiram no mercado e ganham cada vez mais espaço nas prateleiras das lojas e nas mídias. Acho tudo isso bem legal, pois aprendi muitas técnicas para cuidar dos cabelos em casa e conseguir deixar meus cachinhos mais modelados e bonitos. O que me incomoda nisso tudo é a ideia de que deixar de alisar os cabelos tem a ver com assumir uma identidade. Se deixar os cabelos do jeitinho natural é assumir nossa verdadeira identidade, então não poderíamos pintá-los nem mesmo quando os fios brancos começassem a aparecer, nem usar extensões, nem fazer escova ou chapinha... Pois no discurso que ouço por aí, alisar os cabelos é não aceitar sua identidade. Não concordo com esse discurso. Nós mulheres gostamos de fazer unhas, nos maquiar, usar uma roupa bonita, delinear as sobrancelhas, usar lentes coloridas nos olhos, hidratar e fazer penteados nos cabelos, fazer dieta, ir à academia, algumas até encaram plásticas. Quase ninguém sai de casa do jeitinho que acordou. Mudar o visual, cachear, alisar ou pintar os cabelos nada tem a ver com identidade. Meus cabelos não são minha identidade. Se olharem minhas fotos no Facebook, perceberão que já tive meus cabelos de cores e tamanhos diversos, às vezes faço escova, às vezes uso cacheado, gosto de ter estilos variados. Uso minha criativiade e ideias que copio da internet para criar meu visual.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-y_9LvGV5GWI/WSoDKgUDBSI/AAAAAAAAAbU/2Q2iwW-tEq4wMXddcdIUuBHRwR-QkR6yACLcB/s1600/IMG_20170420_092034_098.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="900" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-y_9LvGV5GWI/WSoDKgUDBSI/AAAAAAAAAbU/2Q2iwW-tEq4wMXddcdIUuBHRwR-QkR6yACLcB/s320/IMG_20170420_092034_098.jpg" width="180" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-IEW-BcMryc4/WSoDouE-9yI/AAAAAAAAAbY/EbjbOtIGpGkCZmhwsJxxq-z79w5hM81jQCLcB/s1600/IMG_20170218_092923_266.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1465" data-original-width="1600" height="293" src="https://2.bp.blogspot.com/-IEW-BcMryc4/WSoDouE-9yI/AAAAAAAAAbY/EbjbOtIGpGkCZmhwsJxxq-z79w5hM81jQCLcB/s320/IMG_20170218_092923_266.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Quem é careca então perde a identidade? Não! Identidade tem a ver com caráter. Posso ter os cabelos mais bonitos do mundo e, ao mesmo tempo, ser uma pessoa cruel, invejosa, egoísta e egocêntrica. Minha identidade tem a ver com minha cosmovisão, ou seja, o que eu penso sobre as perguntas "de onde vim" e " pra onde vou". Minha identidade tem a ver com o Deus que eu sirvo. Sabendo que fui feita à imagem e semelhança Dele, quanto mais O conheço, mais conheço a mim mesma. Minha identidade tem a ver com o modo como me relaciono com Deus, com a natureza, comigo mesma e com as pessoas. Minha identidade tem a ver com aquilo que eu amo, com aquilo em que deposito minha esperança, com aquilo que eu acredito ser necessário para ser feliz, com meus valores e princípios, com minhas virtudes e vícios. Minha origem étnica, familiar, minha nacionalidade podem até ter sim a ver com minhas características físicas e culturais, mas minha identidade vai muito além do idioma que eu falo, com a cor da minha pele ou a textura dos meus cabelos. Identidade tem a ver com quem eu sou no mundo, com quem eu sou no meu trabalho, na minha vizinhança, na minha igreja. Identidade tem a ver com quem eu sou em Cristo. Posso abandonar a chapinha e assumir meus cachos, mas isso não fará de mim uma pessoa melhor que antes. O que faz eu ser melhor a cada dia é ter a humildade para admitir que ainda tenho muito o que aprender, ainda tenho muito a caminhar, ainda preciso domar o meu ego, ter compaixão do próximo e preocupar menos com o meu "eu" e mais com o que Deus quer de mim e com o que eu posso fazer pelas pessoas. Preocupamos em levantar bandeiras em prol de um mundo melhor e uma sociedade mais justa. Nessa luta militante passamos a ser rápidos em julgar e condenar os que pensam e agem diferentes de nós. Mundo melhor e sociedade justa são utopias. Sociedade não é um ser com vida própria. Sociedade somos cada um de nós. Se quero uma sociedade justa, preciso ser uma pessoa justa, generosa, tolerante, que respeita e ama o próximo, que não se acha superior a ninguém. Um mundo melhor só existirá quando pararmos de nos preocupar se a colega alisa ou cacheia os cabelos, para nos preocupar se ela precisa de um ombro amigo, uma oração, uma cartinha, um telefonema, um prato de comida, enfim, com seu bem estar.<br />
Se nos preocuparmos com nosso caráter assim como preocupamos com nossos cabelos, isso já será é um bom começo para o nosso amadurecimento e para que o mundo fique um pouquinho melhor.Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-47429474176818785082017-04-14T11:09:00.003-07:002017-04-14T15:01:01.951-07:00Infinitos Porquês<div style="text-align: justify;">
Na história de Hanna Baker são apresentados 13 motivos para ela ter abdicado da vida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-CtrLeDXxnGc/WPEOCJVnWvI/AAAAAAAAAaw/IHNitYLeeh8QRvkS1LASu2tjHThfgxmJwCLcB/s1600/vluytfk.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="242" src="https://2.bp.blogspot.com/-CtrLeDXxnGc/WPEOCJVnWvI/AAAAAAAAAaw/IHNitYLeeh8QRvkS1LASu2tjHThfgxmJwCLcB/s320/vluytfk.png" width="320" /></a></div>
<br />
Na verdade, se conversarmos com nossos amigos, quase todo mundo já teve 13 motivos ou mais para desistir. Contudo, para cada vez que pensamos que viver é uma porcaria, existem infinitos motivos para respirarmos fundo e seguirmos em frente. Olhando para o meu passado foi mais ou menos assim:</div>
<br />
1) Não me lembro dos meus pais felizes, em uma união de respeito e amor. O casamento deles se deteriorava dia após dia.<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>No entanto, tenho certeza absoluta de que tanto meu pai quanto minha mãe sempre amaram muito a mim e a meu irmão. Minha mãe vivia a vida por nós. Eu e meu pai éramos amigos, ele era um bom cozinheiro, me lembro até hoje das caldeiradas de peixe que ele fazia. </b></span></div>
<b><br /></b>
<br />
<div style="text-align: justify;">
2) Meu pai era alcoólatra e havia sempre muitas brigas. Já perdi a conta de quantas vezes minha mãe passava vergonha por causa do comportamento inconsequente do meu pai. Discussões na frente das pessoas, batidas de carro, meu pai caído na rua ou na cadeira de um bar. Quando ele bebia, parecia virar outra pessoa. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Mas quando ele não bebia, embora apresentasse um comportamento que hoje compreendo que era depressivo, ele era um homem sonhador, contava histórias, demonstrava afeto. Como eu disse, eu e meu pai éramos amigos. Aprendi com minha mãe a ser batalhadora, a trabalhar duro, ajudar as pessoas, aprendi com ela sobre generosidade e fé. Mesmo com tudo o que ela passou na vida, nunca esmoreceu. Sempre pensava mais nos que amava do que nela mesma. </b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
3) Quando eu tinha 13 anos tinha um menino da turma de perto da escola que eu achava bonitinho. Eu gostava mesmo dele. Chegamos a nos beijar e eu fiquei tão feliz! Mas depois, meninas que eu confiava e considerava amigas disseram a ele que eu falei mal dele e o menino nunca mais quis saber de mim. Fiquei muito arrasada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<b><i><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></i></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Quem nunca teve o coração partido? Precisamos aprender a superar isso não é mesmo? Quem nunca sofreu uma traição, uma rejeição? É bom para aprendermos a não fazer aos outros o mal que não queremos para nós. E foi bom também para eu aprender a não confiar em todo mundo. </span></b></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-94NIWQue8ho/WPEO_igwtOI/AAAAAAAAAa0/xPt--vqFeYEw6XSzryY_6eQOxj5HIPbDQCLcB/s1600/coracao_partido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://4.bp.blogspot.com/-94NIWQue8ho/WPEO_igwtOI/AAAAAAAAAa0/xPt--vqFeYEw6XSzryY_6eQOxj5HIPbDQCLcB/s320/coracao_partido.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
4) Meus pais acabaram se divorciando.<br />
<span style="color: #990000;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="color: #990000;">Mesmo assim a minha relação com meus pais manteve o amor e o respeito. Na época, eu era adolescente e comecei a me envolver com drogas e mentiras, por isso me afastei da família emocionalmente. Eu preferia estar com meus amigos a estar com a família, porque me sentia mais livre. Mas eu sempre soube que meus pais me amavam muito e nunca me senti rejeitada ou negligenciada. Pelo contrário, o cuidado deles era tão grande que eu precisava mentir para conseguir fazer as coisas erradas no escondido.</span> </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
5) Minha mãe descobriu que eu usava drogas e ficou muito decepcionada. Me proibiu de sair de casa e minha vida ficou um tormento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Entretanto, eu sabia que estava colhendo o que havia plantado com minhas mentiras e pelos entorpecentes. Minha mãe estava fazendo aquilo para me proteger e não para me prejudicar.</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
6) Terminei mal um relacionamento e espalharam boatos maldosos a meu respeito, queimando meu filme e me difamando. Fiquei com muita vergonha, imaginando o que é que estariam falando de mim pelas costas. Tive raiva por ter confiado nas pessoas e descoberto que a falsidade era algo bem real e doloroso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Oj7L03FJtTE/WPEPcZ4mHkI/AAAAAAAAAa4/Xpj2xiSm_lQBMBW6gySU8a5di510Mj0rQCLcB/s1600/fofo1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="233" src="https://2.bp.blogspot.com/-Oj7L03FJtTE/WPEPcZ4mHkI/AAAAAAAAAa4/Xpj2xiSm_lQBMBW6gySU8a5di510Mj0rQCLcB/s320/fofo1.png" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Foi nessa época que eu me aproximei mais de Deus. Passei a orar com maior frequência e a buscar a verdade sobre Deus, quem Ele era e como eu poderia chegar até Ele. Li alguns livros do Paulo Coelho e me interessei pelo tema wicca. Li um livro Hare Krishna e recitei alguns mantras, frequentei uma fraternidade espírita kardecista, fui a quaresma inteira à missa na igreja católica... Até que um amigo de escola me convidou para ir a um estudo bíblico da linha cristã protestante. Logo em seguida conheci o André, que também falou de Cristo para mim. Daí em diante eu entendi quem é Jesus Cristo e o amor que Ele têm por nós. Foi na fé cristã que encontrei o caminho que eu estava buscando e tudo passou a fazer mais sentido. </span></b><br />
<b><br /></b>
<br />
7) Comecei a namorar o André em 2001. Eu tinha 16 anos e ele 32. Além disso, ele é tetraplégico e não tinha uma profissão nem um diploma. Eu já estava na faculdade quando resolvemos nos casar, mas quase ninguém ao nosso redor aceitou. Diziam que eu era boa demais para ele. </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Isso nos ajudou a amadurecer nosso amor, a não nos casarmos intempestivamente. Oramos por muito tempo para que fosse feita a vontade de Deus e não a nossa, pedindo a Deus que abençoasse nosso casamento, ou que então abençoasse o término de nosso relacionamento. Eu tive tempo de me formar e pudemos juntar alguma grana.</span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
8) Depois de alguns anos frequentando a igreja cristã protestante, eu tinha esperança de que meu pai iria parar de beber e se converter, tornando-se um homem melhor. O que aconteceu foi que meu pai morreu em 2007.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Realmente fiquei decepcionada, mas alguns dias antes da morte dele, um casal de pastores evangélicos tinham visitado o meu pai e eu vi com meus próprios olhos e ouvi com meus próprios ouvidos meu pai aceitar Jesus como Senhor e Salvador. Isso serviu para me consolar e acreditar que ele foi para o céu. </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
9) Enfim, minha família aceitou o casamento, minha mãe ficou do meu lado em minha decisão e eu e o André começamos a organizar tudo. Reformamos a casa, contratamos os serviços de foto, filmagem, decoração da igreja, fizemos o curso de noivos, escolhi as músicas, ganhei o vestido e o véu, ganhei a banda que iria tocar, ganhei os bombons, muita gente nos deu presentes e dinheiro. Eu estava muito feliz. Cheguei a dar testemunho na igreja sobre a importância de se ter um namoro que obedeça aos mandamentos bíblicos e como Deus honra e abençoa aqueles que obedecem. Foi então que, cinco dias antes do meu casamento na igreja e três dias antes do casamento no cartório, meu irmão caiu debaixo da roda de um ônibus e morreu. O momento que era para ser de festa, se tornou em luto. Ele entraria comigo na igreja, já tínhamos comprado seu terno. Era um menino lindo de 17 anos, meu amigo do peito, um rapaz cheio de sonhos, preocupado com as provas de recuperação, fazendo aulas de reforço de matemática, amado por todos, admirado pelas garotas, cheio de amigos. Eduardo era um menino fantástico. Nosso querido e amado Dudu. Não tinha mais graça, por isso cancelei o casamento na igreja e só me casei no cartório. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Dias antes dessa tragédia acontecer, eu estava conversando com meu irmão no quarto e perguntei se ele sabia quem era Jesus. Conversamos sobre isso e ele fez uma oração aceitando Jesus como Senhor e Salvador. Esse ainda é um <i>Porquê</i> que me afeta até hoje, não sei se superei, nem sei se quero superar. Não compreendo o porquê dessa morte e nem consigo tirar nada de bom disso. Mas eu aprendi que Deus não diz apenas <i>Sim</i>. Deus também diz <i>Não</i>. Já se passaram quase 9 anos e eu ainda não consigo acreditar. Fecho os olhos e lembro do rostinho dele. E quando mergulho nessa dor, sinto como se eu estivesse me afogando. Aquela sensação de que se está num mar revolto e não consegue respirar. A saudade é algo que nunca se dissipa. E eu sinto muita, muita saudade. Escrevo essas linhas agora com os olhos marejados, porque falar do Dudu não é nada fácil. Vivo meus dias como se ele nunca tivesse existido. E quando me lembro dele e me lembro de que nunca mais poderei abraçá-lo... Meus Deus! É impossível... Talvez esse seja o meu maior <i>porquê</i>. Mas nesses 9 anos aprendi a amar a Deus acima de todas as coisas, debrucei-me sobre o livro de Jó e finalmente o entendi. Talvez eu conhecia Deus só de ouvir falar. Hoje meus olhos querem O ver. A morte realmente é nossa maior inimiga, mas Jesus a venceu e nos prometeu a vida eterna. Eu aprendi o que é fé, esperança e amor.</span></b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-E1l46n253vg/WPEP8RUuuVI/AAAAAAAAAbA/V-2Z45ZRjw4MQQ-WvfZJxvA2ZcgmI78kQCLcB/s1600/frases_de_coracao_partido.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://3.bp.blogspot.com/-E1l46n253vg/WPEP8RUuuVI/AAAAAAAAAbA/V-2Z45ZRjw4MQQ-WvfZJxvA2ZcgmI78kQCLcB/s320/frases_de_coracao_partido.jpg" width="320" /></a></div>
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
10) Me formei em Geografia e fiz mestrado também. Tinha expectativas de conseguir um bom emprego como professora de ensino superior e de fato trabalhei com isso. O salário era bom e eu amava lecionar. Em meu mestrado viajei para Roraima, cruzei a fronteira com a Venezuela, com a Guiana, investi grana, escrevi uma dissertação de 250 páginas. Todavia, nunca consegui o emprego dos sonhos. Era como se eu tivesse sempre subindo degraus, avançando um passo, recuando dois. Via minhas primas, minhas amigas conseguindo sucesso em suas carreiras e eu ainda estava construindo algo, tentando chegar a algum lugar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Mesmo não conseguido o emprego dos sonhos, aprendi muito. Viajei, conheci lugares distantes, outras culturas, povos indígenas, fiz amigos do Brasil e da Venezuela, me tornei uma pesquisadora e também mestre em Geografia. Algumas amizades que tenho até hoje foram feitas nessa época. </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
11) Em uma das faculdades que dei aula, uma turma de alunos fez uma avaliação negativa sobre mim, mentindo, fazendo falsas acusações. Eu tinha provas para me defender de tudo. Mas a coordenação avaliou que não seria necessário. Ficou por isso mesmo. Foi uma grande decepção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="color: #990000;">No entanto, tive muitos alunos maravilhosos, orientei monografias que ficaram excelentes, tenho consciência de que fiz um ótimo trabalho. Fiz amigos, conheci histórias de vida, ganhei experiência, melhorei meu currículo, escrevi artigos, enfim, o saldo foi positivo.</span> </span></b><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
12) Sempre confiei em mim mesma, me achava uma boa amiga, uma boa pessoa, uma boa cristã. Nos últimos anos, meus defeitos apareceram tão nitidamente que admito, não é fácil me amar. Pessoas se afastaram de mim, provavelmente magoei amigos e familiares, entristeci o Espírito Santo inúmeras vezes e me dei conta de que não sou aquele suprassumo de ser humano que eu pensava. Decepcionei-me tanto comigo mesma que chego às vezes a questionar minha fé. Como pode alguém amar a Deus e ser tão podre?</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b><br /></b>
<b><span style="color: #990000;">Quero acreditar que estou passando por uma fase semelhante ao ouro, que precisa ser submetido ao fogo para que as impurezas subam à tona e fiquem visíveis e mais fáceis de serem removidas. Só assim conseguimos o ouro puro. Essa fase também tem servido para eu entender que não sou autossuficiente, que preciso de Deus e de Sua misericórdia e que não posso salvar a mim mesma. Só alguém muito melhor do que eu pode fazer isso. Cristo é essa pessoa. </span></b></span><br />
<b><br /></b>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/--twT0SnWn2Q/WPEPtwLHuNI/AAAAAAAAAa8/O166Us_0R9c_x3AaMfAZmR5AoA-3nSD_gCEw/s1600/Tristeza%2B-%2BFernando%2BPessoa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/--twT0SnWn2Q/WPEPtwLHuNI/AAAAAAAAAa8/O166Us_0R9c_x3AaMfAZmR5AoA-3nSD_gCEw/s320/Tristeza%2B-%2BFernando%2BPessoa.jpg" width="310" /></a></div>
<b><br /></b>
<b><br /></b>
13) Dedico esse <i>porquê</i> àquelas coisas que não quero revelar aqui: traições, falsidades, decepções, frustrações, medos, ansiedades, constrangimentos, perdas, derrotas, orgulho ferido, invejas, erros, pecados, sonhos não realizados, arrependimentos, fardos, tristezas... tudo aquilo que não quero dizer para não me expor mais do que este texto já expõe. Talvez Hanna Baker tivesse outros <i>porquês</i> que não quis revelar. Talvez você que esteja lendo este texto tem <i>porquês</i> que são impronunciáveis. Todo mundo tem um lado sombrio e quase todo mundo já sofreu com o lado sombrio de alguém.<br />
<br />
<b><span style="color: #990000; font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Viu só? Viver não é fácil. Viver bem é ainda mais difícil. Por isso há aquele ditado que fala em matar um leão a cada dia. O apóstolo Paulo falava que vamos prosseguindo "de glória em glória", de vitória em vitória em meio às derrotas, dia após dia. Um dia de cada vez. Há dias de alegria e dias de tristeza. Dias em que perdemos e dias em que ganhamos. Dias em que vencemos e outros em que somos derrotados. Termino este longo texto (pois eu poderia falar aqui por mais infinitas linhas), com a Oração da Serenidade, que sei que é usada por muitos grupos de apoio:</span></b><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="background-color: white; color: #741b47; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 16px; text-align: left;"><b><i>Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não podemos modificar, coragem para modificar aquelas que podemos e sabedoria para distinguir umas das outras.</i></b></span></blockquote>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-B_wlvK8Q5dg/WPEQWbe_tqI/AAAAAAAAAbE/A_-2wlNnqAYvbgDepNuP4d5Tbdot5dgWACLcB/s1600/amor-de-deus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://2.bp.blogspot.com/-B_wlvK8Q5dg/WPEQWbe_tqI/AAAAAAAAAbE/A_-2wlNnqAYvbgDepNuP4d5Tbdot5dgWACLcB/s200/amor-de-deus.jpg" width="200" /></a></div>
<br />
Um grande abraço a você querido leitor. Vemos por aí circular nas redes sociais a frase: "Não seja o porquê de alguém". Está certo, não devemos ser mesmo. Mas infelizmente somos seres humanos e isso significa termos falhas, defeitos graves. É inevitável que magoemos as pessoas e é inevitável que sejamos magoados por elas. Como disse uma amiga minha, "ninguém sai ileso de ninguém". Todo mundo tem 13 porquês para desistir. Claro, existem porquês mais graves que outros. Mesmo assim, a dor não se mede pelo termômetro do outro, não é mesmo?! Enquanto há gente passando fome, eu tenho crises existenciais. Quem sofre mais? Qual dor é maior? Não é uma competição. Não estamos disputando nada. No fim, todos vamos para o mesmo lugar (pelo menos até um certo ponto) e o legal seria que pudéssemos ajudar uns aos outros. O mandamento é simples: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo". Amar a Deus, amar a si mesmo, amar o próximo... Ah, como é simples ser feliz! Mas as coisas simples são também as mais profundas... O simples nem sempre é fácil.<br />
Grande beijo,<br />
Ana Faria.<br />
<br />
PS: Desculpe os erros ortográficos, mas decidi não reler este texto para não desistir de publicá-lo. Detesto autobiografias. Prefiro escrever ficções, assim posso sempre fazer finais felizes.<br />
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-13597195672219141062017-03-13T13:30:00.002-07:002017-03-13T13:30:27.730-07:00Contos de Fadas<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Crescemos
ouvindo as histórias de contos de fadas. Quem não se encanta com os livros e
filmes sobre a Branca de Neve, Rapunzel, Cinderela, Jasmim e Bela Adormecida? Sonhamos
em voar em um tapete mágico, admiramos os longos cabelos das princesas, nos
comovemos quando elas são maltratadas e quando correm perigo, e nos alegramos
quando enfim aparece o príncipe para salvá-las e fazê-las felizes para sempre.
Contar e ouvir histórias são um grande prazer. Contudo, quando abrimos os
olhos, nos deparamos com uma realidade que nem sempre é tão colorida quanto o
mundo da fantasia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-mjPE3JOY-dQ/WMcA4bSJ8PI/AAAAAAAAAaM/cx5caZVQKeo9rQ_HfRc902X_TIDK-pt1gCLcB/s1600/277077.jpg-c_300_300_x-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-mjPE3JOY-dQ/WMcA4bSJ8PI/AAAAAAAAAaM/cx5caZVQKeo9rQ_HfRc902X_TIDK-pt1gCLcB/s1600/277077.jpg-c_300_300_x-f_jpg-q_x-xxyxx.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O
que as personagens citadas têm em comum? Mesmo que cada uma tenha sua própria
história, quais são as semelhanças que podemos apontar? As mulheres dessas
histórias são sofridas, invejadas, perseguidas, injustiçadas, no entanto ficam
à mercê do destino, sofrendo caladas e resignadas. Até que um belo dia aparece
alguém para salvá-las e enfim encontram a felicidade perpétua. Branca de Neve e
Bela Adormecida, através de um feitiço, dormem por vários anos até que os
príncipes as despertam com um beijo. Rapunzel vive muito tempo presa em uma
torre até que seu herói surge para livrá-la das garras do mal. Cinderela fica
grande parte de vida debaixo do jugo de uma madrasta cruel, recebe a ajuda da
fada madrinha para ir ao baile e perde o sapatinho ao fugir. O príncipe a
procura por todo o reino e, depois de muita persistência, encontra a garota e
se casa com ela. Talvez Jasmim seja a menos conformada com sua condição,
diferente das outras, ela já desfrutava da vida de princesa e se revolta quando
o pai quer obrigá-la a se casar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-IXhRrKJI2a4/WMcA8cG4ihI/AAAAAAAAAaQ/LZwJ5VOp75AjTKR9u2yL4D0HMEm3_2mTwCLcB/s1600/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-IXhRrKJI2a4/WMcA8cG4ihI/AAAAAAAAAaQ/LZwJ5VOp75AjTKR9u2yL4D0HMEm3_2mTwCLcB/s320/hqdefault.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Mesmo
amando essas histórias, que são contadas e recontadas há décadas, atravessando
gerações, não conseguimos nos identificar com essas mulheres. A vida não é fácil
para nenhuma de nós, mas, ao contrário de Cinderela e das outras, nós não
podemos viver esperando que um príncipe apareça para nos resgatar e nos fazer
felizes para sempre. Renato Russo já dizia:<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Se
lembra quando a gente</span><br style="text-align: start;" />
<span style="text-align: start;">Chegou um dia a acreditar</span><br style="text-align: start;" />
<span style="text-align: start;">Que tudo era pra sempre</span><br style="text-align: start;" />
<span style="text-align: start;">Sem saber</span><br style="text-align: start;" />
<span style="text-align: start;">Que o pra sempre sempre acaba</span>...<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> Todas nós mulheres queremos ser felizes, mas não podemos
esperar que essa felicidade dependa de outra pessoa. Em um casamento, por
exemplo, é preciso perseverança, paciência, perdão, humildade, lealdade,
respeito, lágrimas e sorrisos, renúncia, oração, diálogos e mais diálogos,
brigas também, reconciliação, fé, amor e esperança. Em vários momentos
parecemos mais com bruxas do que com princesas. Nossos amados muitas vezes
também mais se assemelham a ogros do que a príncipes. Na vida real ninguém é
perfeito, ninguém tem o poder de salvar o outro e ninguém é feliz para sempre.
Vivemos um dia de cada vez, matando leões, enfrentando perigos, superando
medos, nos sentindo esgotadas e até mesmo fracassadas. Muitas vezes somos nós
mulheres que, por amor, deixamos a condição de autopiedade e resignação e vamos
à luta, fazemos cursos, lemos livros, estudamos, vamos ao médico e ao
psicólogo, buscamos ajuda, dobramos o joelho no chão e oramos ao nosso Deus, encontramos
novos caminhos rumo à felicidade e puxamos nossos cônjuges pela mão, dizendo: “Venha
comigo, quero você ao meu lado, o caminho é esse, deixe eu te mostrar...”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-hRWZd8zBQrM/WMcBG_Btt_I/AAAAAAAAAaU/61l3scSqC_AnEiQcAe9bLbSAVxQ4AG7mwCLcB/s1600/branca-de-neve-maquiagem.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-hRWZd8zBQrM/WMcBG_Btt_I/AAAAAAAAAaU/61l3scSqC_AnEiQcAe9bLbSAVxQ4AG7mwCLcB/s320/branca-de-neve-maquiagem.jpg" width="240" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"> Não podemos nos dar ao luxo de dormir por cem anos como a Bela Adormecida, precisamos acordar, arregaçar as mangas e trabalhar duro, não só para sermos felizes, mas também para fazer os que estão ao nosso redor felizes. Cada um é herói da sua própria jornada e, quando a Graça de Deus nos alcança, aprendemos a colocar nossa dependência e nossa esperança na pessoa certa que é Cristo. E então podemos ressignificar o “felizes para sempre”, compreendendo sabiamente o que expressam as palavras “amor”, “eternidade” e “felicidade”. O que é a felicidade pra você? Pense nisto...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-OBTHySBENdw/WMcBKxscHOI/AAAAAAAAAaY/S4IV_dLdW9cTBrouulZ2VRXE4NyGDAG5ACLcB/s1600/cd38349b8567e7803e7d106782ab2dd1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-OBTHySBENdw/WMcBKxscHOI/AAAAAAAAAaY/S4IV_dLdW9cTBrouulZ2VRXE4NyGDAG5ACLcB/s320/cd38349b8567e7803e7d106782ab2dd1.jpg" width="234" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-45328905149350271992017-01-23T03:56:00.000-08:002017-01-23T03:56:02.006-08:00Não Sou o Que Eu SintoVivemos no Ocidente um tempo em que a ideia que prevalece na mídia e na produção cultural é a seguinte afirmação: Somos o que sentimos, nossa identidade depende de realizarmos nossos desejos e vontades, sem nos reprimir ou permitir que alguém nos diga o que é certo ou errado.<br />
As verdades absolutas são atacadas todos os dias. Dizem por aí: Não há verdades absolutas! O que é verdade pra mim, pode não ser pra você. E vice-versa.<br />
Olho para tudo isso e fico com medo. Sério mesmo! Porque, se não existem verdades absolutas, então tudo passa a ser relativo, inclusive o crime e a culpa. Se eu sou o que eu sinto, então preciso deixar minhas emoções e desejos me guiarem, pois só assim serei feliz. Caramba! Isso é muito perigoso, e muito idiota também. Faço análise há anos justamente porque, muitas vezes, deixo minhas emoções me controlarem e sofro com as consequências disso. Raiva, paixão, saudade, tristeza, alegria, orgulho, vergonha, medo, coragem, desânimo, entusiasmo... O tempo todo vivemos emoções contraditórias e, às vezes, mal conseguimos identificar o que estamos sentindo. Fora que, se eu for listar todos os desejos que já tive nessa vida, conseguiria muitas ideias para livros de drama, romance, terror e fantasia.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-elkGQZq6ot8/WIXuSGXqsfI/AAAAAAAAAZo/qd-CX2UsLzkBUzFHO6FyFidgs6dT6S_ngCLcB/s1600/emo%25C3%25A7%25C3%25B5es.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://4.bp.blogspot.com/-elkGQZq6ot8/WIXuSGXqsfI/AAAAAAAAAZo/qd-CX2UsLzkBUzFHO6FyFidgs6dT6S_ngCLcB/s320/emo%25C3%25A7%25C3%25B5es.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Somos seres muito loucos e, principalmente quando somos jovens, tudo fica muito confuso e intenso. Até aprendermos a lidar com nossa mente e nosso coração, se é que algum dia aprendemos isso, a vida parece mais uma montanha russa.<br />
<span style="text-align: center;"> NÃO! EU NÃO SOU O QUE EU SINTO! </span><br />
Minha identidade não está ligada aos meus sentimentos e meus desejos. O meu EU é algo muito mais profundo e complexo do que meras emoções. Sim, as emoções fazem parte de mim, a maneira como reajo aos problemas e desafios, o meu temperamento, o meu jeito de ser, a intensidade com que amo e odeio... Sim, isso tem a ver com o que sou. Mas isso não define quem eu sou. Minha identidade está ligada a algo muito maior do que eu. O que move minha vida é a cosmovisão cristã na qual deposito toda a minha esperança e minha busca pela felicidade. Diante disso, minha identidade está ligada ao Deus que eu sirvo, ao amor que Ele derrama sobre mim e à Verdade que Ele me revela dia após dia. É isso que me ajuda a vencer o mal que há em mim e a me tornar uma pessoa melhor, um ser humano segundo a imagem e semelhança de Deus.<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-O7G9GVCWqq0/WIXuxzfHrvI/AAAAAAAAAZw/UILbRKSu5CwofqnoM49oVCU6DHc2ox5pACLcB/s1600/mensagens_fe_em_deus_do_impossivel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-O7G9GVCWqq0/WIXuxzfHrvI/AAAAAAAAAZw/UILbRKSu5CwofqnoM49oVCU6DHc2ox5pACLcB/s1600/mensagens_fe_em_deus_do_impossivel.jpg" /></a></div>
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Pensamos que precisamos nos conhecer melhor para entendermos quem somos, fazemos análise, lemos livros, meditamos, tentamos ser introspectivos, nos dedicamos às artes, damos vazão às nossas vontades. Mas nada disso é capaz de nos revelar quem somos. <b>Enquanto buscamos nós mesmos, nos distanciamos de quem somos.</b> Todavia, quando buscamos a Deus, nos desconectamos da matrix e começamos a enxergar as coisas como elas realmente são. Quanto mais eu conheço a Deus, mais eu me conheço. É Dele que vem toda minha fonte de vida e alegria, tudo que existe e tudo o que sou. Acha isso complicado? Sim, um pouco. Envolve teologia, filosofia, e principalmente fé. <br />
O que quero dizer é que não sou o que sinto. Eu não me basto. O vazio do meu coração é tão grande que não pode ser preenchido por mim mesma. Preciso de algo muito melhor do que eu, algo muito maior do que meu ego, algo que não seja finito, que não seja mortal. Minha fé me faz crer que esse algo na verdade é alguém. Quanto mais O conheço, mais conheço a mim mesma e mais descubro quem realmente sou.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-uyyDyaAAhPU/WIXuqHz3QtI/AAAAAAAAAZs/1QegCHyCJ18aoUCrk57MtXqtVocMVzZcgCLcB/s1600/15825960_10206716932560726_4942729796813279247_n%2B%25282%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-uyyDyaAAhPU/WIXuqHz3QtI/AAAAAAAAAZs/1QegCHyCJ18aoUCrk57MtXqtVocMVzZcgCLcB/s400/15825960_10206716932560726_4942729796813279247_n%2B%25282%2529.jpg" width="220" /></a></div>
<br />Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-8765844326897780432017-01-19T05:48:00.001-08:002017-01-19T05:48:51.955-08:00Todo Mundo tem PreconceitoO preconceito é uma opinião formada sobre algo ou alguém antes mesmo que possamos conhecer ou refletir. Meu marido, por exemplo, anda de cadeira de rodas e, quando nos casamos, muitas pessoas próximas a mim não gostaram nadinha da ideia, pois achavam que eu não seria feliz pelo fato dele não poder andar. Com o tempo, depois que estas pessoas conheceram melhor meu marido e viram como ele me faz feliz, elas mudaram de opinião e ficaram tranquilas a respeito do meu futuro.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-iEeju5qD-A4/WIDCw0oPvdI/AAAAAAAAAZI/eMH_sIynfS81_rWK0W7RwSk781e-fvi0QCLcB/s1600/eu%2Be%2Bandre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-iEeju5qD-A4/WIDCw0oPvdI/AAAAAAAAAZI/eMH_sIynfS81_rWK0W7RwSk781e-fvi0QCLcB/s320/eu%2Be%2Bandre.jpg" width="301" /></a></div>
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O primeiro livro que publiquei, Um Ano Bom, também aborda o assunto do preconceito. A Clara, protagonista da história, é uma aluna novata e, quando chega à nova escola para cursar o último ano do ensino médio, pensa logo que não vai ser feliz, que sofrerá preconceito por parte dos alunos populares e que não conseguirá fazer amigos. Ela olha apara aquelas pessoas e não se sente pertencer àquele lugar. Para a Clara os colegas eram todos "patricinhas' e "playboys" metidos e arrogantes que nada tinham a ver com ela. Na verdade, ela já tinha sofrido bullying nas outras escolas que estudou e estava meio calejada. O fato de ela usar cabelo vermelho e ter um estilo mais despojado e diferente fazia com que os colegas a vissem com um olhar preconceituoso.<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-gBnDpXzlYQM/WIDDYfaTK8I/AAAAAAAAAZU/T-CzIvv529csAeTq7HtK4Ueid7nU6ymzQCLcB/s1600/doidinha.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-gBnDpXzlYQM/WIDDYfaTK8I/AAAAAAAAAZU/T-CzIvv529csAeTq7HtK4Ueid7nU6ymzQCLcB/s1600/doidinha.png" /></a></div>
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Adotando uma postura de isolamento, a Clara acaba rejeitando as tentativas de aproximação do garoto mais bonito da escola e muito popular, Christopher. Ela chega a ser mal educada em suas respostas quando o rapaz tenta puxar papo. Mas, aos poucos, eles vão se aproximando e um relacionamento de amor e amizade surge entre eles. Esse relacionamento ajudará a fazer com que aquele se tornasse um ano bom na vida deles, pois Clara e Chris ajudam um ao outro a ser tornar uma pessoa melhor. Isso é o que as amizades deveriam fazer. Com a ajuda de Chris, a Clara consegue perceber que ela sofria preconceitos, mas que ela também tinha muitos preconceitos. Prova disso é que rotulou o Chris de playboy, metido e fútil, antes mesmo de conhecê-lo melhor e, depois que já são íntimos, ela descobre que estava muito errada a respeito dele. </div>
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Esse aspecto do livro Um Ano Bom, abordado muito bem no filme Crash, citado no livro, nos ajuda a enxergar uma verdade: todo mundo tem preconceito. E reconhecer que temos preconceito é o primeiro passo para vencê-los.<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-mU0s5NkCTHo/WIDC4SBiC3I/AAAAAAAAAZM/7msBqMZxulYTOOI14LbfXqO_K0elG5JhQCLcB/s1600/preconceito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-mU0s5NkCTHo/WIDC4SBiC3I/AAAAAAAAAZM/7msBqMZxulYTOOI14LbfXqO_K0elG5JhQCLcB/s1600/preconceito.jpg" /></a></div>
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A regra veio da Bíblia e todo mundo sabe de cor: Faça o bem ao próximo como gostaria que fizessem a você e não faça o mal ao próximo que não gostaria que fizessem com você. Mas, como vencer o preconceito que sentimos? O primeiro passo já foi dito, reconhecer que tem preconceitos. O segundo passo é pesquisar, estudar. Vou dar um exemplo para ficar mais fácil. Sou cristã e confesso que tenho muitos preconceitos com relação a outras religiões. Esses preconceitos são ruins, pois me impedem de fazer novas amizades, conhecer e entender culturas diferentes da minha e, às vezes, podem me levar a desrespeitar alguém. Qual a solução? Bom, se o preconceito é um conceito antecipado e sem reflexão sobre algo, a solução para mim, nesse exemplo, é estudar, pesquisar, conhecer melhor as religiões, a cultura dos povos que as praticam, ver filmes, ouvir músicas, ler livros não só de história e geografia, mas romances também. Isso me ajudará a aceitar melhor a diversidade e respeitar as pessoas que tem uma fé diferente da minha. Entendam, eu não preciso concordar com a fé dos outros, nem crer no que os outros creem, mas eu preciso compreender e respeitar, assim como eu quero que me respeitem.<br />
No vídeo abaixo, que coloquei lá no canal do youtube eu falei sobre esse assunto. E vocês? Qual sua opinião sobre esse assunto? Já sofreram preconceito? Admitem ter preconceitos? Como podemos vencer os preconceitos? Deixem seus comentários, vamos conversar sobre isso.<br />
Grande beijo, Ana. </div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Vcn2YZw-OQw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/Vcn2YZw-OQw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
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Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-31188278228925752512017-01-13T05:20:00.002-08:002017-01-13T05:20:46.954-08:00A Comparação é sempre InjustaVocê já se comparou com outras pessoas?Tipo: ela (ele) é mais bonita (o) que eu, é mais magra (o), é mais alta (o), é mais inteligente, escreve melhor, desenha melhor, é mais rica (o), tem mais dinheiro, é mais feliz... Pois é. Isso é sempre muito chato.<br />
<br />
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-HDIbnci6X2g/WHjRE__2rVI/AAAAAAAAASk/P-KdaKjcwBc9liLZEP7p-zn8c5WRhBl8gCLcB/s1600/shot_2017-01-13_10-47-25.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="230" src="https://1.bp.blogspot.com/-HDIbnci6X2g/WHjRE__2rVI/AAAAAAAAASk/P-KdaKjcwBc9liLZEP7p-zn8c5WRhBl8gCLcB/s320/shot_2017-01-13_10-47-25.png" width="320" /></a></div>
<br />
O problema, se é que isso pode ser considerado um problema, é que sempre existirão pessoas melhores do que nós em alguma coisa. Na minha opinião, baseada em autores que leio como C. S. Lewis, essa ideia de que ninguém é melhor que ninguém e todos são iguais é uma bobagem e só serve para atrapalhar nossa vida. Crescemos pensando que somos tão bons quanto qualquer pessoa, mas a verdade é que não somos e, a não ser que nos dediquemos aos nossos talentos através de estudo, disciplina e trabalho, jamais chegaremos a lugar algum.<br />
Há aqueles que nascem com dons: uma voz bonita e afinada, um ouvido aguçado para música, uma destreza em algum esporte, a sensibilidade para compor músicas e poemas, a mente criativa para criar histórias e escrever livros, a fluidez na fala, a facilidade e curiosidade para alguma área do conhecimento... são incontáveis os dons. Para essas pessoas, a dedicação também é necessária para alcançar a excelência. Mas com certeza tais pessoas terão mais facilidade de alcançar seus objetivos. Me explico: eu não nasci com o dom para cantar. Portanto, se eu quisesse ser cantora, teria de me esforçar muito mais para conseguir esticar minha voz e alcançar os tons certos do que aquela pessoa que já nasceu com uma voz bonita e afinada. Esse foi só um exemplo.<br />
Por tudo isso, a comparação é sempre injusta. Se eu ficar me comparando com os autores que admiro, desistirei de ser escritora, pois não sei se algum dia serei tão boa quanto eles. Sempre haverá escritores melhores do que eu. Mesmo assim, se o meu sonho é ser escritora, se eu tenho este talento e estou disposta a me dedicar, o fato de existirem escritores melhores do que eu não me impede de correr atrás desse sonho e acreditar que um dia ele vai se realizar.<br />
<br />
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<a href="https://4.bp.blogspot.com/-n6QNaQ1YCcM/WHjUGnT72dI/AAAAAAAAAS4/NXFQwJFX6n8K3L94_BKhRLy1MDi_DNEdQCLcB/s1600/shot_2017-01-13_10-49-45.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="161" src="https://4.bp.blogspot.com/-n6QNaQ1YCcM/WHjUGnT72dI/AAAAAAAAAS4/NXFQwJFX6n8K3L94_BKhRLy1MDi_DNEdQCLcB/s320/shot_2017-01-13_10-49-45.png" width="320" /></a></div>
<br />
Precisamos parar de ficar nos comparando e nos auto-sabotando. Isso só serve para nos desanimar e nos colocar pra baixo. A comparação só é boa quando usamos os critérios corretos e ela serve para que, através da admiração que temos por alguém, usemos estas pessoas como inspiração para alcançarmos a excelência.<br />
Outro fato importante é saber que cada um tem sua singularidade e se Deus nos criou com essa diversidade tão grande, é porque Ele tem um plano para cada um de nós e quer usar nossas características individuais para concretizar os planos que Ele tem para toda a humanidade.<br />
Por exemplo, se eu sou mais velha que alguém, talvez não tenha tanta energia, não consiga mais ser uma bailarina, ou uma jogadora de basquete (pois geralmente precisa iniciar os treinos ainda bem jovem, embora existam exceções que nos surpreendem e encantam), mas, por outro lado, eu tenho mais maturidade, tenho mais chances de consolar alguma amiga que precise, sei mais sobre muitas coisas e posso ensinar aos mais novos...<br />
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<a href="https://2.bp.blogspot.com/-QTsNTQNjgLg/WHjTOvsO_bI/AAAAAAAAASw/FDy8KKlC18AEM_pDLWM-jIbD3c_x8Z2WwCLcB/s1600/shot_2017-01-13_10-58-22.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="177" src="https://2.bp.blogspot.com/-QTsNTQNjgLg/WHjTOvsO_bI/AAAAAAAAASw/FDy8KKlC18AEM_pDLWM-jIbD3c_x8Z2WwCLcB/s320/shot_2017-01-13_10-58-22.png" width="320" /></a></div>
<br />
Precisamos nos conformar que sempre haverá pessoas melhores que nós em muitas coisas e que nós também somos melhores em muitas coisas em comparação a outras pessoas.<br />
É claro que, quando digo melhores, estou me referindo aos talentos, habilidades, ao caráter, às virtudes. Isso não é motivo para nos tornarmos soberbos e orgulhosos. Diante de Deus, não há privilégios, não há acepção de pessoas. Diante Dele não importa se somos escritores gênios, cantores primorosos, esportistas craques... Deus quer mesmo é saber o quanto você o ama. Nesse caso, a humildade é uma virtude essencial.<br />
Não tenha medo de ser melhor e não fique triste quando alguém se sobressair. Dedique-se, estude, trabalhe, tenha disciplina e seja melhor dia após dia e busque não apenas ser bom, mas excelente.<br />
E você, tem mania de se comparar com os outros? Concorda ou discorda com algum argumento deste artigo? Deixe seu comentário e conte um pouco sobre o que pensa sobre este tema. Grande abraço, Ana.Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-4267558598187704772016-12-20T16:15:00.001-08:002016-12-20T16:15:42.245-08:00Quando os sonhos se tornam fardos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-fSZcS-Vt6NQ/WFnH9AMuk0I/AAAAAAAAARw/CWPCaP2cggU-nWoViMFlyQ7vdFj12_w9ACLcB/s1600/dream.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://2.bp.blogspot.com/-fSZcS-Vt6NQ/WFnH9AMuk0I/AAAAAAAAARw/CWPCaP2cggU-nWoViMFlyQ7vdFj12_w9ACLcB/s320/dream.jpeg" width="320" /></a></div>
<br />
Quando eu era criança e até mesmo quando eu era adolescente, costumava ter muitos sonhos. Sonhava em conhecer o Daniel Johns do Silverchair, em participar de uma banda de rock, em trocar uma ideia com o Marcelo D2, em ter uma profissão que ajudasse a mudar o mundo, sonhava em fazer 18 anos e ser dona do meu nariz, sonhava morar sozinha e ter meu próprio AP... Sonhava em viajar, em entrar na faculdade, em ter sempre muitos amigos, em ser importante, em conhecer o mundo... Sonhava em ser feliz. Acho que nem me lembro todos os sonhos que tive.<br />
O tempo foi passando, alguns sonhos eu realizei, outros não... Acho que isso acontece com todo mundo, alguns sonhos se realizam, outros não.<br />
O estranho é que, alguns sonhos que eu realizei, ao invés de me fazerem feliz como eu esperava e me deixarem satisfeita, tornaram-se fardos. Sim, isso mesmo, começaram a pesar sobre meus ombros, me trouxeram desgaste emocional, me fizeram chorar ao invés de sorrir e me fizeram sentir frustrada ao invés de satisfeita.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tND8vgWrDJc/WFnIkt13Q6I/AAAAAAAAAR0/xuVrt0XNCVsQGKa0lR0MbYQadFcK0SfZwCLcB/s1600/fardo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-tND8vgWrDJc/WFnIkt13Q6I/AAAAAAAAAR0/xuVrt0XNCVsQGKa0lR0MbYQadFcK0SfZwCLcB/s320/fardo.jpg" width="250" /></a></div>
<br />
O que será que houve? Onde foi que eu errei o tom? Quando foi que o que era pra ser bom se tornou motivo de angústia?<br />
Realmente não sei dizer os motivos. Talvez minhas expectativas estivessem erradas. Talvez eu não tenha avaliado bem as consequências das minhas escolhas. Talvez eu vivesse de ilusões e utopias e o choque de realidade tenha sido assustador demais.<br />
O fato é que, quando os sonhos se tornam fardos, precisamos ter coragem para desistir. Voltar alguns passos para trás, avaliar melhor a direção a seguir antes de recomeçar a caminhar.<br />
Nos últimos dois anos, cheguei a esta curva na estrada. Desisti de muitos sonhos e recuei um pouco para avaliar melhor as escolhas que devo fazer.<br />
Quando eu era mais nova, acreditava mais em mim mesma. Hoje em dia meus pensamentos estão sempre me dizendo que é impossível. Acho que esqueci como sonhar.<br />
Você já se sentiu assim? Como conseguiu dar a volta por cima?<br />
A cada dia percebia que meu maior inimigo era eu mesma, o tempo todo me sabotando, me comparando com outras pessoas, me esfregando na cara tudo o que eu não tenho e tudo o que eu não sou...<br />
Não podemos viver assim! É preciso vencer os pensamentos ruins, as emoções descontroladas, os defeitos de personalidade e de caráter. É preciso acreditar que podemos ser melhores a cada dia, como seres humanos e como profissionais, em tudo o que fazemos.<br />
É normal que pessoas joguem baldes de água fria sobre nós quando compartilhamos algum plano, mas não se apegue à opinião dos outros. Não são eles seu maior empecilho e sim você mesmo. Você precisa vencer sua mente e seu coração quando dizem para você parar, quando dizem que não é capaz, quando dizem que é impossível.<br />
Sim, aos meus olhos, é impossível que este blog faça sucesso, é impossível que meus vídeos no Youtube tenham muitas visualizações, é impossível que o Brasil inteiro e até o mundo conheçam meus livros. Então, puxa vida, o melhor a fazer é desistir agora. Certo?<br />
Errado!<br />
Todos os blogueiros, youtubers e escritores começaram do zero e, com muita dedicação, trabalho e disciplina, foram conquistando seu público e vencendo degrau por degrau.<br />
Se eu desistir agora, realmente jamais chegarei a lugar algum. Mas se eu continuar trabalhando duro, eu acredito que chegarei a algum lugar mais longe e mais alto do que o lugar que estou hoje.<br />
Xô ansiedade! Xô desânimo! Eu não vou parar de sonhar.<br />
E sabem por quê? Porque eu amo cada história que escrevo, cada vídeo que gravo, cada poema que componho, cada palestra que ministro, cada texto que produzo... E meu maior sonho hoje é que minha arte e minhas palavras levem esperança para as pessoas e ajudem a humanidade a se lembrar de que o bem sempre vence no final.<br />
Tudo pertence a Deus e os sonhos Dele para mim se cumprirão, eu creio.<br />
Querido leitor, se você se identificou com este texto e já passou por algo assim, por favor deixe nos comentários e compartilhe esse post.<br />
Grande beijo,<br />
Ana Faria. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-0LuxJ2nZBiw/WFnJiuJLXCI/AAAAAAAAASA/bLmQszDRzNkb0exe5PJR7ns7ZYYzpxcOACLcB/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-0LuxJ2nZBiw/WFnJiuJLXCI/AAAAAAAAASA/bLmQszDRzNkb0exe5PJR7ns7ZYYzpxcOACLcB/s1600/images.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-B651cqqZj6I/WFnJjm4d2lI/AAAAAAAAASE/YubcEBSwscwSX9hxpuiw3mUYSHYDvQGfQCLcB/s1600/significado-sonhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="160" src="https://1.bp.blogspot.com/-B651cqqZj6I/WFnJjm4d2lI/AAAAAAAAASE/YubcEBSwscwSX9hxpuiw3mUYSHYDvQGfQCLcB/s320/significado-sonhos.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-13071876066483680542016-12-17T07:45:00.001-08:002016-12-17T07:49:37.487-08:00Bobók e o Mundo dos Mortos<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Em Bobók (1873), o autor Fiódor
Dostoiévski apresenta uma crítica aos críticos de sua obra. Faz uma análise
também da sociedade russa em que vivia, através de um conto que consegue ser
engraçado mesmo que a maior parte de seus personagens esteja morta. Sim, alguns
personagens estão mortos! O texto se desenvolve na forma de narrativa em
primeira pessoa de Ivan Ivánitch, que tem o ofício de escritor e tradutor e vai
ao enterro de um parente distante para cumprir a convenção social. Começa a
observar o cenário e o comportamento das pessoas e demora-se por lá, por isso
acaba se deitando em um bloco de pedra. Meio sonolento, ele começa a ouvir uma
conversa abafada e quando aguça os ouvidos para compreender melhor o que as
pessoas diziam, surpreende-se com o diálogo dos mortos enterrados por ali há
menos de um ano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Alguns já têm clareza de que estão
mortos, outros ainda estão despertando, ainda confusos. De toda forma a
conversa inicia entre dois homens e aos poucos, outros homens e mulheres vão se
agregando, formando uma confraria. O diálogo vai se desenvolvendo até quase
atingir seu clímax, que é interrompido pelo espirro de Ivan Ivánitch no “andar
de cima”, o que faz com que os defuntos se calem. Estavam dispostos a contarem
suas histórias sem mentiras, sem esconder os podres, a fim de rir e aproveitar
os últimos meses de consciência. Um deles afirma que vida e mentira são
sinônimos. Agora que estão mortos, não precisam mais mentir sobre nada, não
precisam se envergonhar de mais nada. Podem se despir completamente de toda
roupa e moral. Não há arrependimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Quando a conversa é interrompida, o
narrador sai desatinado, determinado a voltar para ouvir o restante daquela
balbúrdia. E está impressionado. Não consegue compreender como pode haver
perversão em um lugar como este. Mesmo após a morte ainda querem viver como
antes ou ainda pior. “Isto eu não posso admitir...”, ele diz. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">O que impressiona é exatamente isso.
Como os mortos estão ainda presos à vida terrena e como a perversão ainda
impregna o caráter deles a ponto de não se preocuparem com os erros do passado,
com os entes que deixaram órfãos, com o futuro ou o juízo que os aguarda.
Organizam-se de modo a aproveitar o pouco de vida e consciência que lhes restam
para rir, se divertir e se dar ao prazer. Nada disso é digno de ser eterno e se
assim for, o fim será mesmo definitivo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">O autor e teólogo C. S. Lewis explica em
seu livro Os Quatro Amores, e em outras de suas obras, que só o que foi tocado
e transformado pelo Amor Absoluto tem esperança na eternidade. Se a
transformação de mente e coração não se inicia na vida terrena, fica difícil
alguma transformação nos atingir após a morte. A promessa de perfeição não nos
foi dada nesse momento e sim num futuro apocalíptico. Contudo é possível, como
Francis A. Schaeffer defende em sua obra “Verdadeira Espiritualidade”, de
momento em momento, ou de glória em glória como disse o apóstolo Paulo, através
da conformação de nossas mentes e coração à pessoa e exemplo de Jesus Cristo,
nos tornar seres humanos melhores, mais próximos à imagem e semelhança de Deus
como fomos criados originalmente para ser. Aí sim teremos algo que valha à pena
ser eterno. </span><span style="font-family: Garamond, serif;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "garamond" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-FfJkO3a86Y4/WFVdo8GcqNI/AAAAAAAAARY/hNsiLRprDKo7CXAEPRGwWt9Oq4XU-_ggQCLcB/s1600/bobok.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-FfJkO3a86Y4/WFVdo8GcqNI/AAAAAAAAARY/hNsiLRprDKo7CXAEPRGwWt9Oq4XU-_ggQCLcB/s1600/bobok.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "garamond" , "serif";"><br /></span></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-6258453127332755992016-12-17T07:42:00.002-08:002016-12-17T07:43:15.272-08:00Liberdade, Natureza e Identidade<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"> Lançado em 15 de janeiro de 2015, o
filme “Livre” (Wild) baseado em um best-seller autobiográfico tem
emocionado expectadores do mundo todo. Me lembrou em partes o filme “Na
Natureza Selvagem” (Into the Wild) de 2008, também baseado em um livro
biográfico. Ambos livros/filmes contam a história de seres humanos perdidos
emocionalmente, tentando se encontrar de alguma forma “perdendo-se” na
natureza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">“Livre”
conta a história de Cheryl Strayed, jovem estadunidense inteligente e saudável,
que vive graves problemas pelo casamento arruinado e pelo luto profundo em
razão da morte da mãe. As formas com que a garota tenta fugir da tristeza não
são nada sábias e ela acaba sendo sugada cada vez mais para situações de
tristeza, solidão e esgotamento emocional. Para tentar se encontrar e descobrir
um pouco mais sobre a beleza da vida que sua mãe tanto insistia em lhe mostrar,
Cheryl decide percorrer a Pacific Crest Trail (PCT), uma trilha de <st1:metricconverter productid="1.770 km" w:st="on">1.770 km</st1:metricconverter> pela costa oeste
dos Estados Unidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">“Na
Natureza Selvagem” conta a história de <span style="background: white;">Christopher
McCandless, um jovem estadunidense recém-formado na faculdade, que decide
percorrer uma longa jornada saindo de Atlanta em direção ao Alasca. Ele parte
para essa viagem sem avisar sua família, que ficou sem notícias até o fim.
Chris era aventureiro e sonhador, não concordava com o sistema econômico, o qual achava materialista e
opressor. Tinha problemas de
relacionamento com a família, em especial com o pai. Era ressentido por causa
das mentiras e memórias dolorosas de violência verbal, brigas, rispidez, falta
de diálogo por parte dos pais. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Tanto Cheryl quanto Chris entram na natureza
sozinhos, deixando para trás as pessoas que os amavam, para longos dias de
autoconhecimento, reflexão, desafios físicos e mentais, experiências únicas de
êxtase e também de desespero. Ambos levam consigo seu repertório de autores que
os inspiram: poemas, livros, músicas. Ambos são leitores vorazes e encontram
companhia nos seus autores favoritos. Fazem deles seus amigos íntimos. Fazem da
natureza sua amiga íntima... Mas muitas vezes a natureza se torna inimiga. Ao
longo da viagem, os dois andarilhos fazem amigos, recebem ajuda, conhecem
outras pessoas e também suas histórias tristes. Observa-se que, embora tenha
existido planejamento para a viagem, nem Cheryl, nem Chris estavam realmente
preparados para o que se propuseram a fazer. E os problemas que enfrentam
provam isso para eles. Ao fazer esportes radicais, sempre arriscamos a vida,
mas logicamente onde há ignorância o risco é bem maior. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E eis a pergunta: eles encontraram o que estavam
buscando? O que de fato eles estavam buscando? O que de fato NÓS estamos
buscando em nossa jornada? Talvez, por estarem perdidos, ou emocionalmente
conturbados, ou moralmente revoltados e decepcionados, Cheryl e Chris tentaram
buscar na natureza respostas para seus dilemas. Talvez estivessem tentando
descobrir sua verdadeira identidade. A solidão realmente ajuda quando queremos
refletir. Contudo, de acordo com C. S. Lewis, “se você adota a natureza como
mestra, ela lhe ensina exatamente as lições que você decidiu aprender
antecipadamente; em outras palavras, a natureza não ensina. (...) O único
comando que a natureza expressa é: observe; ouça; fique atento” (LEWIS, 2013,
p. 28).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Em “Livre” e em “Na Natureza Selvagem” não há
menção de nenhuma forma de relacionamento dos protagonistas com Deus. Talvez
algum tipo de crença ou misticismo, mas não há um relacionamento real, uma fé
sólida. E isso é crucial. O ser humano tenta encontrar sua identidade de muitas
formas: nos autores que gosta, na profissão que exerce, nos filósofos que
concorda, nos amigos que admira, no estilo de vida que ostenta... Mas a nossa
identidade não está aí. Parece ser lógico que quanto mais eu me conheço, mais
nítida e sólida é minha identidade, mas não funciona assim. Para saber quem sou,
preciso saber quem Deus é. A lógica é: quanto mais eu conheço a Deus, mais eu
conheço o ser humano, pois a identidade do ser humano está <st1:personname productid="em Deus. Para" w:st="on">em Deus. Para</st1:personname> ler mais sobre
isso sugiro o autor Soren Kierkegaard, que mostra em sua obra que a cura para
Cheryl Strayed, Christopher McCandless, eu e você, vem em amor, pelo encontro
com a graça de Deus. Só assim podemos ter consciência de quem nós somos.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Quando o ser humano encontra sua identidade em
Deus e com Ele cultiva um relacionamento, situações como as que Cheryl e Chris
passam </span></span><span style="background-color: white; color: #e06666; text-indent: 47.2px;">são vivenciadas sem que sejamos destruídos:</span><span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; text-indent: 35.4pt;"> enfrentar o luto, as crises no casamento, a necessidade
do perdão, a tomada de decisões, superar desilusões e mágoas, etc. Se, quando estamos sozinhos, encontramos o desespero,
por outro lado, quando estamos em Deus, de acordo com o apóstolo Paulo, há
esperança mesmo que tudo pareça desmoronar. Pois quando estamos fracos aí então
é que somos fortes, porque podemos enfim admitir que precisamos Daquele que é
infinitamente melhor do que nós e nos ama incondicionalmente.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Sem mais mergulhos teológicos, ambos os filmes e, certamente, os respectivos livros que lhes deram origem (posso dizer com certeza
sobre “Na Natureza Selvagem” porque já li. “Livre” pretendo ler em breve) são
imperdíveis e estão no topo da minha lista. Embora eu tenha feito um paralelo,
“Na Natureza Selvagem” é superior e é um dos melhores filmes que eu já vi em
toda a minha vida. Os dois filmes têm uma trilha sonora de alta qualidade,
paisagens magníficas, sugestões de leituras de livros e poemas excelentes,
atuação esplêndida de seu elenco e, é claro, um convite profundo à reflexão
sobre o eu comigo mesmo, o eu com a natureza (criação) e o eu com Deus
(Criador). <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666;"><span style="font-family: inherit;">Assista aos </span>trailers<span style="font-family: inherit;">:</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Na Natureza Selvagem</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/D4SeyeHEC6I/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/D4SeyeHEC6I?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Livre</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fiC6Tv-1Ef4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fiC6Tv-1Ef4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="background: white; font-size: 10pt;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Referências:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 10pt; text-indent: -18pt;"><span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal;"> </span></span><span style="background: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 10pt; text-indent: -18pt;">LEWIS, C. S. <b>Os Quatro Amores. </b>São Paulo: Martins
Fontes, 2013, p. 28.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><span style="background: white; font-size: 10pt;">KRAKAUER, J. <b>Na Natureza Selvagem. </b>São Paulo: Cia
das Letras, 2008, 2013 p.<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 10pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">STRAYED, C. </span><b style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 10pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">Livre. </b><span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 10pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;">Rio de Janeiro: Objetiva, 2013,
376 p. </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><span style="background: white; font-size: 10pt;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 18.0pt; text-align: justify; text-indent: -18.0pt;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><span style="background: white; font-size: 10pt;"><br /></span></span></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-12355987836972095792016-12-17T07:10:00.002-08:002016-12-17T07:11:47.229-08:00Lembranças (Poema)<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Lembranças<u><o:p></o:p></u></span></b></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Onde está aquele velho amigo?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E os camaradas de sala?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E aquele vizinho bandido?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E aquele moleque de ideias viradas?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Onde está aquela moça de lábios tão
doces?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Aquela garotinha de olhos vermelhos?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Aquele professor pirado?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E os cachos dos meus cabelos?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Onde estão os sonhos mais belos?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">As canções mais harmônicas?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Os girassóis amarelos?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E aquelas paixões platônicas?<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Ah, juventude, passaste tão
depressa!<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Nem percebi que se esgotava<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Que pelos meus dedos escapava<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="color: #e06666;"><br /></span>
</span><br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><span style="color: #e06666; font-family: inherit;">E agora se resume em preciosas
lembranças.</span><span style="font-family: verdana, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-GIQT9VMEeg0/WFVU-s0t2UI/AAAAAAAAAQ8/Tybm8fAnQ6I3teG35T1G9_f8C_QcD7PBACLcB/s1600/a5feb0482f0dddc58999d994c97a0222.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-GIQT9VMEeg0/WFVU-s0t2UI/AAAAAAAAAQ8/Tybm8fAnQ6I3teG35T1G9_f8C_QcD7PBACLcB/s320/a5feb0482f0dddc58999d994c97a0222.jpg" width="259" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-Y9cHuN4q8jo/WFVVGZQfo5I/AAAAAAAAARA/3mh72ihBvUw123og5rJYvuv9KOPxA2uZQCLcB/s1600/Menino%2Btocando%2Bviol%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://3.bp.blogspot.com/-Y9cHuN4q8jo/WFVVGZQfo5I/AAAAAAAAARA/3mh72ihBvUw123og5rJYvuv9KOPxA2uZQCLcB/s320/Menino%2Btocando%2Bviol%25C3%25A3o.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-XbNwhdT3-ms/WFVVIGjV6-I/AAAAAAAAARE/ENS3pq73z_AgxkLPuggXb0Fq1hcx1rfVgCLcB/s1600/casal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://1.bp.blogspot.com/-XbNwhdT3-ms/WFVVIGjV6-I/AAAAAAAAARE/ENS3pq73z_AgxkLPuggXb0Fq1hcx1rfVgCLcB/s1600/casal.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-C7Lv4-VhAcQ/WFVVP6x18_I/AAAAAAAAARI/3R-XZRyF8qsonpTIsBWadRkKQUzYZ-FnACLcB/s1600/doidinha.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-C7Lv4-VhAcQ/WFVVP6x18_I/AAAAAAAAARI/3R-XZRyF8qsonpTIsBWadRkKQUzYZ-FnACLcB/s1600/doidinha.png" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "verdana" , "sans-serif";"><br /></span></div>
Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-78088370316732462962016-12-16T12:22:00.000-08:002016-12-17T07:02:24.342-08:00Quando precisamos desistir…<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-hFlIm5l12qI/WFRM6SoRMMI/AAAAAAAAAQI/6x_gzZ8RLoYJD2g2jAp0_LkGiFtFaReigCLcB/s1600/imagem%2Bfilme%2Blivre.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://4.bp.blogspot.com/-hFlIm5l12qI/WFRM6SoRMMI/AAAAAAAAAQI/6x_gzZ8RLoYJD2g2jAp0_LkGiFtFaReigCLcB/s320/imagem%2Bfilme%2Blivre.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #777777; font-family: "lato" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #777777; font-family: "lato" , "helvetica" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">E</span><span style="background-color: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">ra o primeiro dia de aula no curso de padaria quando meu novo professor, em seu discurso de apresentação,contou que muitos alunos desistiam do curso no meio do caminho e que eu deveria perseverar até o final, pois, segundo ele, tudo que a gente desiste acaba se tornando um peso sobre nossos ombros para o resto da vida. Fiquei com esta frase na cabeça. Lembrei de tantas coisas que eu havia abandonado: violão, violino, bateria, francês, blogs, cursos de curta extensão, textos, amigos, sonhos… </span><span style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">Nem tudo se tornou um peso sobre meus ombros, mas, às vezes, me pego pensando que, se eu tivesse perseverado no violino por exemplo, já seriam quase 10 anos tocando e provavelmente eu já estaria razoavelmente boa. Ainda tenho o sonho de tocar ao menos uma música no violino. Como isso é quase um sonho remoto, acabo inventando algum personagem de uma de minhas histórias que toca violino com excelência. Vou realizando meus sonhos através de meus personagens.</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">Sim, eu concluí o curso de padaria. E sim, foi bom não ter desistido. Mas, de lá pra cá, já desisti de muitas outras coisas.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">Há algum tempo eu assisti a um filme chamado “Livre”, que conta a história real de uma moça que perdeu a mãe e ficou revoltada com a vida. Ela acabou se metendo com drogas e estragando seu casamento. O triste é que ela realmente amava o marido e o perdeu por sua própria culpa. Após mais essa perda, ela decide percorrer uma trilha imensa (nos EUA) com uma mochila nas costas e uma botina nos pés. A ideia era o autoconhecimento através da solidão, da reflexão, do contato com a natureza e da releitura de livros que marcaram sua vida.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;"></span><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">A certa altura da viagem, ela encontra um velho casal de fazendeiros que a hospeda por uma noite, dando a ela jantar, a permite tomar um banho e descansar um pouco em sua casa. Quando o homem a leva de volta para a estrada, antes de de despedirem, ele diz que reprova a ideia maluca da moça de percorrer sozinha uma trilha tão extensa. Ela pergunda a ele: “Acha que eu devo desistir?”. Ele responde que sim, que ele acha que ela deve desistir, porém que ela não deveria lhe dar ouvidos, pois ele havia desistido de muita coisa na vida: casamentos, empregos, sonhos, projetos… A garota então pergunda a ele se ele se arrepende de ter desistido dessas coisas. O fazendeiro diz que não se arrepende, pois tudo o que ele desistiu era porque não aguentava mais.</span><br />
<span style="background-color: white; color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">Esse trecho do filme também me marcou. Se por um lado, as desistências se tornam um peso sobre nossos ombros, por outro lado, muitas vezes quando desistimos é porque chegamos ao nosso limite e não damos mais conta de prosseguir. No fim tudo se desvanece em lembranças e fazem de nós o que somos hoje. Não sou violinista, não falo francês, não tenho um blog consolidado e muito visualizado… Mas, mesmo assim, ainda tenho muitos sonhos e muitos desejos. Só espero que, no fim da vida, meus arrependimentos não sirvam para me tornar uma pessoa amargurada, mas sim uma pessoa mais sábia, mais mansa e mais próxima da plenitude. Não dá para viver sem desistir de nada. Mas creio que, mesmo com tudo o que abandonamos, perdemos e abrimos mão, a felicidade ainda é algo verdadeiro se soubermos dar o valor certo a cada coisa.</span><br />
<span style="background-color: white;"><span style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;"><br /></span>
<span style="color: #e06666; font-family: inherit; font-size: 16px;">Confira o trailer do filme:</span></span><br />
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fiC6Tv-1Ef4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fiC6Tv-1Ef4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7090421057722151419.post-31523553793160803292016-12-16T11:29:00.001-08:002016-12-16T18:04:44.670-08:00Arrumando a Bagunça<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-8drX9beU5Mk/WFQ_zj2ewSI/AAAAAAAAAOU/xs8R1VtvzsQYuVERviwtTr9pUQSeZH_IwCLcB/s1600/quartobagun%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://4.bp.blogspot.com/-8drX9beU5Mk/WFQ_zj2ewSI/AAAAAAAAAOU/xs8R1VtvzsQYuVERviwtTr9pUQSeZH_IwCLcB/s320/quartobagun%25C3%25A7a.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="color: #3d596d; font-family: Merriweather, Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<br /></div>
<div style="font-family: merriweather, georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666;">Esses dias dei a "loka" e decidi arrumar a bagunça do meu armário. Estava protelando há muito tempo, mas dessa vez não adiei nem mais um dia. Tirei tudo de dentro: roupas, sapatos, acessórios, cosméticos, etc. O quarto ficou um caos. Em meio a tanta coisa, me deparei com peças de roupa e bijuterias que eu nem me lembrava que tinha. Algumas da década de 90. Senti um pouco de nostalgia ao me lembrar de quando as usava e de como eu era na época. Ao olhar à minha volta e ver toda aquela bagunça, me senti desanimada, mas mesmo assim não desisti e prossegui até o fim da tarefa. Só depois de tirar tudo de dentro do armário é que consegui separar as coisas que eu não queria mais e poderiam ser doadas, as coisas que não prestavam mais de jeito nenhum e iriam para o lixo, e as coisas que mereciam ficar comigo. Consegui organizar melhor as gavetas e o cabideiro, para ficar mais fácil visualizar tudo e escolher o que usar em cada momento. O que uso com mais frequência coloquei em lugares de mais fácil acesso, o que uso menos, coloquei nas partes mais mais altas ou no fundo das gavetas. Confesso que demorei horas para concluir a arrumação e no fim eu estava exausta e cheia de dores pelo corpo. Mas fiquei feliz. Quando olhei para tudo organizadinho e limpinho, me senti aliviada e respirei fundo, com a sensação de dever cumprido. Era como se um peso saísse dos meus ombros.</span></div>
<div style="font-family: merriweather, georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666;">Na vida é assim também. Vamos acumulando tanta coisa e protelando a resolução de problemas que chega uma hora que precisamos arrumar a bagunça da nossa vida, a bagunça do nosso coração e da nossa mente. Quando falo "coração" não digo apenas este órgão dentro do peito, mas sim a gente por inteiro. E isso inclui relacionamentos, trabalho, compromissos, estudos, livros para ler, alimentação, atividades físicas, comportamentos que temos e que são muito feios... Tem momentos em que olhamos para nós mesmos e tudo parece um caos: nossa alimentação está uma droga; não fazemos atividades físicas e somos muito sedentários; ficamos muito tempo sem conversar com os amigos e dar um telefonema ou mandar um carta; nosso relacionamento com a família está meio estranho e distante; não estamos satisfeitos com nosso trabalho e fazemos as obrigações de qualquer jeito, sem ânimo; estamos sem vontade de ler, de aprender coisas novas, de sonhar novos sonhos... Não sei se vocês já passaram por isso, mas às vezes parece que tudo na nossa vida é uma porcaria, nos sentimos fracassados e inúteis.</span></div>
<div style="font-family: merriweather, georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666;">Precisamos dar um basta nessa bagunça e partir para a arrumação. E não há ninguém que possa arrumar nossa vida além de nós mesmos. Claro, Deus é Senhor de tudo e Ele pode todas as coisas. Mas grande parte do que Ele faz na nossa vida precisa que estejamos de coração aberto. E a ilustração do armário bagunçado é boa para entendermos o processo: precisamos jogar tudo pra fora para termos uma visão melhor do que é preciso eliminar de nossa vida, do que precisamos abrir mão, daquilo que nos prejudica e não pode permanecer. Precisamos visualizar o que é importante e precisa ser cuidado. Mudar hábitos não é uma tarefa fácil, entretanto vale muito a pena. </span></div>
<div style="font-family: merriweather, georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666;">Somos seres humanos por inteiro então precisamos nos cuidar por inteiro. E foi isso que eu fiz. Comecei mudando os hábitos alimentares, tentando introduzir alimentos saudáveis e não industrializados na minha dieta, bebendo mais água (a meta é 2 litros por dia). Fui a um psicólogo, fui ao psiquiatra e a outros médicos que eu precisava e estava adiando. Eu não tenho preconceito quanto a tomar remédios. Se consulto um médico e ele me receita algo, eu tomo sim, porque sei que é para o meu bem. Contudo, nem sempre só o remédio basta. Quando o assunto é sobre a mente agitada ou triste, também é preciso fazer atividades físicas, sair mais com os bons amigos, procurar atividades que nos façam sintir úteis... Então, além dos médicos e terapeuta, também fui para a academia (spinning e zumba). Comecei a pensar no que eu não queria mais em minha vida e precisava desistir (falo melhor sobre quando precisamos desistir em outro post aqui no blog). </span></div>
<div style="font-family: merriweather, georgia, "times new roman", times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666;">Assim como arrumar a bagunça do armário não é tarefa fácil, arrumar a vida é ainda mais complexo. É cansativo e às vezes temos vontade de desistir. Mas, no fim, vale a pena, pois os resultados são muito bons.</span></div>
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<a href="https://3.bp.blogspot.com/-B9hDO-8PCs4/WFQ_-iiEYKI/AAAAAAAAAOY/dODEE71cUMYYEjIc761s66G3GCjnwZwogCLcB/s1600/arrumando%2Bcloset.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-B9hDO-8PCs4/WFQ_-iiEYKI/AAAAAAAAAOY/dODEE71cUMYYEjIc761s66G3GCjnwZwogCLcB/s1600/arrumando%2Bcloset.jpg" /></a></div>
<div style="color: #3d596d; font-family: Merriweather, Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<br /></div>
<div style="font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">O mais difícil talvez não seja arrumar a bagunça, e sim manter tudo arrumado. A chave é a disciplina. Tudo na vida precisa de disciplina. Manter o armário organizado, perseverar na boa alimentação, na atividade física. Perseverar em manter saudáveis as relações com nossa família e com nossos amigos. Deixar o ego de lado e aprender a enxergar o outro. Amar as pessoas quando elas nos tratam bem e fazem tudo do jeito que gostamos é fácil. O difícil é amar as pessoas com os seus defeitos, mesmo quando elas nos magoam ou nos decepcionam. "Amar aquilo que não tem nada de amável", como disse C. S. Lewis.</span></div>
<div style="font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">A fé, a esperança e o amor são as principais virtudes que precisamos desenvolver. Através dessas três virtudes conseguimos continuar caminhando, enfrentando os desafios e prosseguindo para o alvo. </span></div>
<div style="font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Não se esqueça que você pode pedir ajuda. Não precisa lutar sozinho. Os amigos, a igreja, um terapeuta, sua própria família, enfim... Deixe o orgulho de lado e peça ajudar se precisar. Pode ser que a bagunça esteja tão grande a ponto de nos deixar doentes e precisamos de ajuda para sair desse caos e organizar a vida, a mente e o coração. </span></div>
<div style="font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;"> Espero que este texto tenha ajudado vocês d alguma forma. Fiquem à vontade para comentar e compartilhar. Grande abraço. </span></div>
<div style="font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
<span style="color: #e06666; font-family: inherit;">Tem um vídeo no meu canal sobre este mesmo assunto. Confira lá:</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/b7wDauf679A/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/b7wDauf679A?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
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<div style="color: #3d596d; font-family: Merriweather, Georgia, "Times New Roman", Times, serif; font-size: 15px; margin-bottom: 24px;">
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Ana Fariahttp://www.blogger.com/profile/00193682076138273853noreply@blogger.com6